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USP recebe exposição com titã pré-histórico

'Cabeça Dinossauro: o novo titã brasileiro' leva ao campus de São Carlos reconstrução de animal de 11 metros

Exposição, que terá réplicas de outros seres da Era dos Dinossauros, será aberta no próximo dia 10 de setembro

REINALDO JOSÉ LOPES COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE SÃO CARLOS

Um titã da pré-história está prestes a chegar a São Carlos, com a bênção dos Titãs do rock nacional.

Trata-se do principal astro da exposição "Cabeça Dinossauro: o novo titã brasileiro": o Tapuiasaurus macedoi, dinossauro de 11 metros de comprimento que caminhou pelo que viria a ser o norte de Minas Gerais no começo do período Cretáceo, há uns 120 milhões de anos.

A espécie foi formalmente descrita em 2011 por uma equipe de pesquisadores do Museu de Zoologia da USP (Universidade de São Paulo), liderados por Hussam Zaher.

Agora, uma reconstrução em resina do esqueleto da criatura, junto com outros vertebrados da Era dos Dinossauros, vai ficar dois meses "morando" no ICMC (Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação) da USP São Carlos.

As características do bicho acabaram levando naturalmente à associação com os Titãs e sua canção "pauleira".

Para começar, ele é membro do grupo dos titanossauros, herbívoros pescoçudos e quadrúpedes que estão entre os dinos mais comuns do Cretáceo brasileiro. Um dos traços mais conhecidos do grupo é o couro "reforçado" por calombos ósseos.

Além disso, o T. macedoi teve sua cabeça preservada --aliás, foi o primeiro crânio de titanossauro descrito na América do Sul.

CRÂNIO DELICADO

É muito raro achar esse tipo de crânio porque, apesar do tamanho descomunal, a cabeça desses animais era surpreendentemente delicada, de difícil preservação.

Segundo a curadora da mostra, Maria Isabel Landim, do Museu de Zoologia da USP, a ideia de fazer referência a um dos clássicos do rock nacional no nome da exposição partiu dela e de Alberto Carvalho, um dos descobridores do monstro.

"Queríamos chamar a atenção para o estado de preservação da cabeça do nosso titã", conta Landim. "Falei com o Branco [Mello, um dos membros da banda], que falou com os outros titãs, os quais nos autorizaram e gostaram da homenagem."

Além do lado pop, o bicho trouxe informações importantes sobre a evolução dos titanossauros, por ser uma espécie bem mais antiga que a maioria dos outros membros de seu grupo no Brasil.

ONDE VER

A mostra, que é gratuita, estará no hall da biblioteca Achile Bassi, no ICMC da USP (av. Trabalhador São-Carlense, 400), entre os dias 10 de setembro e 30 de novembro.

A visitação poderá ser feita de terça a sexta, das 9h às 18h (nas quartas, a mostra fica aberta até as 22h), e até o meio-dia aos sábados.

Escolas podem organizar visitas coletivas por meio de formulário no site do instituto da USP de São Carlos (www.icmc.usp.br/e/dfcda).


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