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Ribeirão

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Poço novo na zona leste não garante água a moradores

Problema afeta também população da região norte de Ribeirão Preto, que têm armazenado água em tambores

Prefeitura diz que está trabalhando para que problemas nessas regiões sejam resolvidos aos poucos

DANIELA SANTOS DE RIBEIRÃO PRETO

Apesar de a Prefeitura de Ribeirão Preto ter trocado o comando do Daerp (autarquia de água e esgoto) após cem mil moradores terem sofrido com desabastecimento, o problema continua nas zonas norte e leste da cidade.

Na região norte, bairros que até dois meses atrás não sofriam com falta de água tiveram desabastecimento --caso do Alto do Ipiranga, ontem de manhã, e do Alexandre Balbo, no final de semana.

Já na zona leste, no complexo Ribeirão Verde, apesar de um novo poço, moradores estão com as torneiras vazias.

O abastecimento em Ribeirão é feito exclusivamente por poços, por onde a água é extraída do aquífero Guarani.

Ontem, no Ribeirão Verde, a dona de casa Janete Rafael de Almeida, 42, enchia baldes na torneira em frente de sua casa para conseguir lavar as roupas sujas. "Estamos há dois anos nessa luta."

Na semana passada, a prefeita Dárcy Vera (PSD) anunciou o começo de funcionamento de um poço com capacidade de produção de 150 m³ por hora para atender àquela região da cidade.

Na rua Avanhandava, no Alto do Ipiranga, o clima era de revolta ontem. A dona de casa Maria Helena Teixeira, 53, estava com as roupas amontoadas em um quarto e a pia com louça suja.

"Temos que armazenar água em tambores e esperar até de madrugada para colocar a casa em ordem", disse.

A situação é tão crítica que a máquina de lavar roupa da vizinha Ana Paula Ferreira, 34, queimou na semana passada --a água acabou com o eletrodoméstico em atividade.

A poucos metros dali, já no Ipiranga, o estoquista Rafael Paes Landim, 30, disse que precisou almoçar fora com a família domingo porque não tinha água em casa.

GESTÃO DO DAERP

Segundo o professor da Unesp e especialista em recursos hídricos Jefferson de Oliveira, em tese, a partir de sua instalação, o poço deveria atender à demanda estimada. A prefeitura diz que, aos poucos, o problema será resolvido.

Para o diretor regional do Daee (Departamento de Águas e Energia Elétrica) em Ribeirão, Carlos Eduardo Alencastre, há uma má gestão do Daerp sobre a falta de água crônica na cidade.

"Se retira água do aquífero e joga direto na rede, mas não manda água para o reservatório para distribuir à população. Quem mora perto de onde está bombeando a água é atendido, já quem está longe, não [recebe a água]."

Ainda segundo ele, deveria haver primeiro um diagnóstico do problema para depois ser feito investimento e troca da rede antiga.


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