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É precoce rever contrato agora, diz Transerp
Superintendente contesta empresas de ônibus e diz que prejuízo inicial já era previsto
Embora o consórcio Pró-Urbano, responsável pelo transporte público em Ribeirão Preto, esteja recebendo menos que o previsto no edital de concessão do serviço, é cedo para ser feito um estudo de reequilíbrio econômico-financeiro.
A afirmação é do superintendente da Transerp (gestora do trânsito), Willian Latuf, que contesta o argumento do consórcio de que o lucro abaixo do previsto faz com que as empresas de ônibus deixem de cumprir o contrato.
Segundo o superintendente da Transerp, o Pró-Urbano deixou de cumprir o prazo para a entrega de 17 itens entre os investimentos exigidos.
"Qualquer estudo de reequilíbrio financeiro [do contrato] é muito precoce", disse Latuf. "O próprio consórcio prevê prejuízo nos primeiros nove semestres por conta dos investimentos", afirmou.
Ele disse, no entanto, que a Transerp não possui as informações sobre os custos do sistema. O fornecimento de relatórios contábeis à prefeitura é uma exigência do contrato, em vigor desde 2012.
A Transerp informou que "oportunamente" fará levantamento para avaliar o equilíbrio econômico-financeiro.
Desde janeiro o consórcio pede à prefeitura o reajuste da tarifa e a revisão dos investimentos. O consórcio diz que a estimativa do número de passageiros à época da licitação foi superestimada e que a operação do sistema não gera o lucro esperado.
Para o Pró-Urbano, o Resultado Operacional Bruto --receita menos custos operacionais-- é de somente 10% do previsto no contrato.