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Ribeirão

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Cai 2º secretário da Saúde de São Carlos

Titular ficou só 28 dias na pasta e foi exonerada após conflitos com servidores e denúncias de desvios de função

Gestão Paulo Altomani já registrou cinco quedas de secretários em seus oito primeiros meses de governo

DE RIBEIRÃO PRETO

A secretária da Saúde de São Carlos, Denise Cury, foi exonerada anteontem do cargo após denúncias de brigas com servidores e prática de desvios de função. Foi a segunda baixa na secretaria em oito meses do governo do prefeito Paulo Altomani (PSDB).

Segundo a diretoria do Sindspam (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais e Autárquicos), a ex-secretária obrigava funcionários do setor, como enfermeiros e auxiliares de enfermagem e de odontologia, a fazer "trabalhos braçais".

Denise ficou 28 dias no cargo, após substituir o médico Edilson Abrantes, que se desligou da função pública em maio --houve um interino entre eles. A ex-secretária não foi localizada ontem pela Folha para comentar o caso.

Em nota divulgada pela assessoria, o prefeito limitou-se a confirmar a exoneração da secretária. Altomani não informou quem será o novo secretário da pasta.

De acordo com o presidente do sindicato, Adail Alves de Toledo, os servidores eram obrigados a parar o trabalho que executavam para rasgar papeis antigos e eliminá-los.

"Eles [servidores] eram obrigados com frequência a carregar caixas com papeis, documentos e envelopes de um lado para outro, sem que houvesse explicações", afirmou o presidente.

Em oito meses de governo, Altomani já perdeu cinco secretários, mas foi a primeira vez que teve uma segunda baixa em uma pasta.

Os últimos a deixar a administração foram Abrantes e Caio Graco Vilela Braga (Habitação e Desenvolvimento Urbano), em maio.

Antes, em março, já haviam saído Sérgio Angelino (Serviços Públicos) e Francisco Andriolo (Obras Públicas).

Em maio, Altomani negou uma possível crise no governo e atribuiu parte da culpa pelas quedas ao PT, que governou o município por 12 anos seguidos (2001-2012). Os representantes do PT criticaram a acusação.

O prefeito, porém, admitiu que sua maneira de trabalho, de fazer muita cobrança aos secretários, pode ter influenciado nas baixas.

No período, havia uma insatisfação entre os políticos da cidade com a centralização de poder do prefeito e dos secretários de Governo, Júlio César Soldado, e Planejamento, Júlio César Pereira de Souza. Eles negaram a atuação.


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