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Atirador da USP se apresenta à polícia

Ex-aluno disse que sofreu ameaças de colegas do campus de São Carlos após ter denunciado suposto estupro

Ele entregou a arma usada no crime e está preso em São Carlos; defesa já pediu a revogação de sua prisão

DE RIBEIRÃO PRETO

O ex-aluno da USP (Universidade de São Paulo) Alexandre José Coutinho da Rocha Lima, 23, que atirou contra colegas do campus de São Carlos em agosto, apresentou-se ontem à polícia.

Em depoimento, o jovem disse que só comprou uma arma para se proteger de ameaças que sofria de outros estudantes da universidade.

Ele afirmou que as intimidações contra ele foram feitas após ter denunciado que foi vítima de um estupro, em março, durante o trote com os calouros no alojamento.

Lima entregou à polícia a arma usada no crime --comprada por R$ 1.000, segundo ele-- e está detido no Centro de Triagem da cidade, onde deve ficar por cinco dias, prazo da prisão temporária.

A defesa do ex-aluno pediu ontem mesmo à Justiça a revogação da prisão. De acordo com o advogado Samuel dos Santos Gonçalves, o ex-estudante disse que foi armado ao alojamento do campus 1 em 28 de agosto porque estava sofrendo bullying de estudantes da USP. Lá, queria apenas intimidar os alunos que mexiam com ele. Acidentalmente, porém, ele disparou três vezes, mas ninguém se feriu com os tiros.

'FALTA DE EMPENHO'

À Folha, no mês passado, ele afirmou ter invadido o alojamento por "vingança". Segundo Del Santo, Lima viu uma "falta de empenho das autoridades" para investigar o suposto estupro. A denúncia foi registrada na polícia local, mas, por falta de provas, transformou-se e termo circunstanciado de injúria.

Lima se desligou, em abril, da universidade, onde cursava licenciatura em ciências exatas. Antes disso, passou por análise com psiquiatra da USP. Segundo Lima, ele chegou a tomar antidepressivos.

"Ele tem consciência e vai ter que responder por seus atos", disse o advogado.

Porém, para Gonçalves, nada justifica a prisão do ex-aluno. "Se o temor era a garantia da ordem pública, com a entrega da arma e o compromisso de colaborar com as investigações, não existe evidência que ele vai perturbar a paz social", diz.


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