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Ribeirão

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Em crise, Dárcy corta gastos com servidores

Prefeita limita as horas extras, substituição de comissionados e o pagamento dos dez dias de férias aos servidores

Aliado na Câmara, vereador diz que servidor não pode pagar a conta da redução de despesas do governo

JOÃO ALBERTO PEDRINI DE RIBEIRÃO PRETO

Para amenizar a crise financeira que atinge a administração municipal de Ribeirão Preto, a prefeita Dárcy Vera (PSD) anunciou ontem medidas que têm como objetivo cortar despesas. O foco principal da redução de gastos será o funcionalismo.

Entre as ações, estão a limitação de horas extras aos servidores, veto à substituição de alguns comissionados e novas regras para a prefeitura comprar os dez dias de férias dos funcionários.

A intenção do governo municipal é economizar R$ 12 milhões até dezembro.

Ao anunciar as medidas, Dárcy afirmou que há um abuso por parte dos servidores nas faltas ao trabalho.

Segundo o diretor de Recursos Humanos, Thomaz Perianhes Júnior, de janeiro a julho 364 servidores ficaram doentes por dia em Ribeirão.

O problema no excesso de faltas é que, além de prejudicar a qualidade do serviço público, em alguns casos as ausências geram custos com substituições (casos de professores no ensino).

PROBLEMA DE GESTÃO

Questionado pela Folha se as ações não deveriam ter sido realizadas antes da atual crise, Perianhes Júnior reconheceu que há um problema de gestão em relação às ausências dos servidores.

Dárcy disse que a redução nas despesas deve ser feita de forma emergencial porque o TCE recomendou que o pagamento do Pasep (Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público) fosse incorporado já em agosto à folha de pagamento.

'LUZ AMARELA'

Segundo ela, isso fez o índice de gastos com pessoal pular de 49,11% para 51,58% do orçamento, chegando próximo ao limite de 54% estabelecido na Lei de Responsabilidade Fiscal. "Acendeu a luz amarela", disse ela.

De acordo com o secretário da Fazenda, Sérgio Nalini, a lei orienta que providências sejam tomadas quando o índice passar de 51,3%.

A prefeita quer ainda que secretários apresentem um plano para reduzir em 20% as despesas de seus setores.

As medidas repercutiram na Câmara. O aliado André Luiz da Silva (PC do B) questionou o peso dado ao funcionalismo. "As medidas são importantes para fortalecer o orçamento, mas não é o servidor que vai pagar a conta", disse ele, ligado ao sindicato do funcionalismo.


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