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Ribeirão

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Para aliado, plano de Dárcy são 'medidas da maldade'

Sindicato dos servidores vê 'incapacidade para gerir recursos da cidade'

Entidade diz que vai à Justiça contra medidas, que visam cortar hora extra e limitar a compra dos dez dias de férias

JOÃO ALBERTO PEDRINI DE RIBEIRÃO PRETO

O presidente do Sindicato dos Servidores de Ribeirão Preto, Wagner Rodrigues, classificou ontem como "16 medidas da maldade" o plano anunciado pela prefeita Dárcy Vera (PSD) para cortar despesas na administração, que atingiu sobretudo o funcionalismo municipal.

"Eles [da prefeitura] consideram que o dinheiro pago a funcionários é despesa, mas deveria ser encarado como investimento. Tudo isso [as medidas] é uma cortina de fumaça", afirmou Rodrigues, que é aliado da prefeita desde a primeira gestão (2009-12).

Anteontem, Dárcy apresentou uma série de ações para amenizar a crise financeira da prefeitura com foco principal na redução de custos com trabalhadores.

Entre as medidas, estão a limitação de horas extras aos servidores, veto à substituição de alguns comissionados e novas regras para a prefeitura comprar os dez dias de férias dos funcionários. A intenção é economizar R$ 12 milhões até dezembro.

"Eles [têm uma] incapacidade para gerir os recursos do município. Aí a prefeitura fica sem dinheiro e põe a culpa no funcionário?"

Ontem, na Câmara de Ribeirão, Rodrigues entregou um documento aos jornalistas intitulado "Contra as 16 medidas da maldade".

"Corremos o risco de Ribeirão substituir uma gestão patronal atrasada, que, nos anos 90, foi baseada numa ideologia, por uma gestão ainda mais atrasada, baseada na demagogia. Não aceitaremos que essa grande mentira seja vendida em prestações como meias verdades", diz um dos 16 itens.

Segundo o sindicato, a gestão Dárcy "provoca a insônia dos servidores e da população, anunciando medidas descabidas, ineficazes e inaceitáveis".

Rodrigues adiantou que vai analisar com advogados quais medidas poderão ser questionadas na Justiça.

Sobre o excesso de faltas dos servidores --segundo a prefeitura, foram 364 por dia neste ano--, Rodrigues disse que esse é um problema de administração, "que não sabe gerir de forma eficiente".

Não só o sindicato criticou as medidas de Dárcy. Especialistas em administração pública questionam, por exemplo, por que a prefeita não cortou funcionários comissionados, a exemplo de várias outras cidades, como Araraquara.

OUTRO LADO

A prefeitura informou que a redução dos gastos não vai gerar perdas aos servidores e que as medidas têm objetivo de enquadrar as despesas com pessoal para obedecer o que é estabelecido na Lei de Responsabilidade Fiscal.


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