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Ribeirão

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Sem acordo, servidores discutem greve hoje

Daerp rejeita demitir comissionados, o que gera debate tenso e promessa de paralisações nas atividades da autarquia

Prefeitura afirma que fará cortes no setor, mas não diz quando, e que a prioridade é reduzir as despesas

JOÃO ALBERTO PEDRINI DE RIBEIRÃO PRETO

Após uma reunião ontem cercada por momentos de tensão e de a prefeitura negar demitir agora os comissionados do Daerp (Departamento de Água e Esgotos de Ribeirão Preto), funcionários prometem parar hoje as unidades da autarquia e discutir a greve no serviço de água.

De acordo com o município, há hoje 68 cargos de comissão no Daerp, sendo 35 ocupados por servidores que já atuavam na autarquia e 33 que não tinham vínculo algum com o departamento.

É a demissão desses 33 trabalhadores a principal reivindicação dos funcionários do órgão. A categoria pedia ontem, no mínimo, a demissão imediata de sete deles que atuam no Daerp da rua Pernambuco, onde funciona a parte operacional.

O desligamento desses comissionados foi negado pelo secretário da Administração, e superintendente interino do Daerp, Marco Antonio dos Santos. Em reunião ontem, ele disse que no momento não haverá demissões, mas afirmou que desligamentos ocorrerão, sem precisar quando.

O encontro com os trabalhadores na tarde de ontem --agendado desde uma primeira paralisação, na semana passada-- começou tranquilo, mas ficou tenso depois da negativa dos cortes feita pelo secretário.

Servidores usaram o microfone para se queixar dos comissionados, chamados de "sanguessugas".

Afirmaram ainda --em tom exaltado-- que os funcionários nomeados "trabalham pouco, ganham muito, não entendem do serviço e são protegidos pela prefeitura".

Ao final da reunião, o Sindicato dos Servidores Municipais decidiu junto aos trabalhadores iniciar a paralisação hoje nas duas unidades do Daerp, incluindo a do centro (Amador Bueno com a Francisco Junqueira).

Às 17h, haverá assembleia na unidade da Pernambuco, que pode decidir pela greve por tempo indeterminado.

A revolta dos servidores ocorre depois que a prefeita Dárcy Vera (PSD) anunciou uma série de medidas de contenção de despesas que atingiu, sobretudo, os funcionários públicos municipais.

Entre as ações estão a suspensão de horas extras, mudanças nas regras de pedidos de licenças médicas e na compra dos dez dias de férias dos trabalhadores.

O sindicato argumenta que, em vez de "prejudicar" os servidores, o município deveria demitir comissionados.

Ontem de manhã, servidores da Secretaria da Infraestrutura também pararam as atividades pedindo demissões. A prefeitura informou que quatro funcionários comissionados "foram afastados" das funções.


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