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Ribeirão

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PF prende 5 em ação com queda de aeronave e morte de agente

Suspeita é que avião explodido em canavial de Bocaina carregava de 400 a 500 kg de droga

Sindicato dos policiais afirma que agentes seguiram 'às cegas' por não terem aparelho para visão noturna

DE RIBEIRÃO PRETO DO ENVIADO ESPECIAL A BOCAINA DE SÃO PAULO

A Polícia Federal prendeu cinco pessoas, entre elas o piloto da aeronave que caiu e se incendiou em um canavial em Bocaina anteontem à noite. Na operação, um policial federal morreu após troca de tiros com os bandidos.

A suspeita da polícia é que a aeronave Cessna, modelo 210, estava carregada com 400 a 500 kg de drogas, provavelmente de pasta base de cocaína. A estimativa se baseia no tamanho da avião e nas investigações da PF.

Parte da droga chegou a ser recuperada antes de a aeronave explodir --a polícia não informou a quantidade.

Na ação, o agente federal Fábio Ricardo Paiva Luciano foi atingido na troca de tiros. Ele chegou a ser socorrido e levado para a Santa Casa de Jaú, mas morreu.

A suspeita é que um tiro de fuzil de alto calibre atingiu Luciano. A assessoria de imprensa da PF disse que ele usava colete balístico, mas o próprio delegado envolvido na ação, Enio Bianospino, disse ontem que a peça não consegue bloquear balas de alguns tipos de fuzil.

O Sindicato dos Policiais Federais de São Paulo criticou a ação. Em nota, a entidade diz que os agentes "seguiram para uma operação às cegas" porque não tinham equipamentos de visão noturna e treinamento adequado.

POUSO E DECOLAGEM

A aeronave chegou a pousar em uma pista rural próximo à rodovia estadual João Ribeiro de Barros. A quadrilha que dava apoio aproximou-se, então, do avião.

Segundo o delegado Bianospino, o piloto tentou fugir quando viu a aproximação dos policiais federais.

"Só que a pista que ele tinha em frente era muito curta. Então ele levantou, atravessou a rodovia e acabou caindo logo em seguida, uns 200 metros depois."

O delegado disse ontem, em entrevista em Bauru, não saber definir se os tiros disparados por policiais contra o Cessna atingiram ou não a aeronave nem se eles teriam provocado a queda do avião.

Segundo Bianospino, como a aeronave foi destruída com a explosão, não é possível fazer uma perícia na lataria para identificar possíveis marcas de tiros.

A operação envolveu policiais federais de Bauru e Araraquara. Parte da quadrilha fugiu. Na ação de captura, os policiais encontraram um carro abandonado, com placas de Campinas.

Foram apreendidas uma metralhadora importada calibre 50 e duas pistolas calibre 40, além de munição de diversos tipos e coletes balísticos. A Polícia Federal não havia informado até as 20h de ontem se mais traficantes foram presos na ação.

O policial Luciano atuava na delegacia de Bauru havia cinco anos. O enterro ocorreu ontem na cidade.

O piloto e os demais quatro presos serão indiciados por tráfico de drogas, associação ao tráfico, homicídio e resistência. Somadas, as penas podem ultrapassar 30 anos de reclusão.


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