Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Ribeirão

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Coderp tem o quarto maior 'orçamento'

Oposição diz que companhia de Ribeirão atua para pagar 'favores eleitorais' do governo Dárcy, que nega acusação

Repasses feitos pela prefeitura à empresa saltaram de R$ 30,3 mi em 2009 para R$ 64,5 mi no ano passado

FELIPE AMORIM DE RIBEIRÃO PRETO

Os pagamentos da Prefeitura de Ribeirão Preto à Coderp (empresa de desenvolvimento econômico da cidade) mais que dobraram nos quatro primeiros anos do governo Dárcy Vera (PSD).

Entre 2009 e 2012, esse montante saltou 112,8%, de R$ 30,3 milhões para R$ 64,5 milhões. No mesmo período, o orçamento municipal teve um incremento de 43%.

Contando os dados só deste ano, os repasses do município (R$ 51,3 milhões) só perdem para orçamento anual de três secretarias --Saúde, Educação e Administração.

Por ser uma empresa de economia mista, cuja maioria das ações pertence à prefeitura, a Coderp costuma ser contratada sem licitação para prestar serviços que vão da instalação de cabos de fibra ótica à administração do cemitério Bom Pastor. Contrata ainda empresas privadas, por licitação, para fornecer mão de obra ou consultoria.

'FAVORES ELEITOREIROS'

O aumento do peso da Coderp no governo Dárcy atrai críticas à empresa desde 2009. A oposição diz, por exemplo, que a terceirização gerida pela companhia funciona como moeda de troca da administração por apoio político.

"A Coderp serve como uma forma de a administração pagar os favores eleitoreiros da campanha", disse a tucana Gláucia Berenice.

Segundo ela, a empresa é usada ainda para terceirizar mão de obra, sem que os gastos com pessoal sejam computados no limite da Lei de Responsabilidade Fiscal.

Procurado, o governo nega o viés eleitoreiro e diz que a alta dos gastos se deve ao aumento nos serviços prestados pela Coderp, como a instalação da rede de fibra ótica.

TCE VÊ IRREGULARIDADE

Auditoria do TCE (Tribunal de Contas do Estado) apontou a terceirização irregular de mão de obra pela Coderp, por meio de um contrato com a empresa Atmosphera. O caso ainda não foi julgado pelos conselheiros do tribunal.

Os técnicos do TCE também apontaram a ausência de competitividade na licitação, de R$ 7,1 milhões, para a contratação de serviços de "qualificação técnica em informática e serviços de apoio administrativo". Reportagem da Folha revelou no ano passado que, das três empresas que disputaram a licitação, duas eram controladas pela mesma família.

O empresário Marcelo Plastino é representante legal e sócio administrador, respectivamente, das empresas Atmosphera e a Tecmaxx. A mãe de Plastino, Marina Celia Lemelle Plastino, é dona da Atmosphera. As duas empresas disputaram juntas pelo menos outras cinco licitações.

Segundo o secretário da Administração, Marco Antonio dos Santos, não houve irregularidade. O foco da Coderp é o apoio tecnológico à prefeitura, disse Santos, também presidente do PSD.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página