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Ribeirão

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Crise e protestos fazem Dárcy adiar nomeação de novo chefe do Daerp

Manifestações recentes de servidores pediram a demissão de comissionados sem concurso

Entre os nomes sendo estudados pela prefeita estavam técnicos que não têm vínculo com o governo municipal

DE RIBEIRÃO PRETO

A crise financeira da Prefeitura de Ribeirão Preto e os protestos dos servidores contra a administração adiaram a nomeação do novo superintendente do Daerp (autarquia municipal que gere os serviços de saneamento básico).

Desde 22 de julho, quem comanda o órgão interinamente é o secretário da Administração, Marco Antonio dos Santos. Ele assumiu o cargo depois que o ex-superintendente Marcelo Galli foi exonerado após 100 mil pessoas sofrerem com falta de água em um fim de semana.

A prefeitura informou, em nota, que não existe nenhum posicionamento ainda quanto ao nome de um novo superintendente. "Marco Antonio continuará a exercer a superintendência do órgão o tempo que se fizer necessário", disse.

Uma fonte do primeiro escalão do governo Dárcy Vera (PSD) afirmou à Folha que o posto de superintendente do Daerp está "congelado". Ele cita até o decreto que impôs cortes de despesas.

O decreto nº 266, publicado em 18 de setembro, não é claro, porém, se a restrição de nomeação a cargos comissionados inclui os nomes de primeiro escalão.

Um interlocutor da prefeita disse que Dárcy "primeiro vai resolver uma série de problemas em Ribeirão" para depois nomear o novo chefe da autarquia. No momento, disse ele, não há qualquer discussão sobre essa questão.

A desistência de nomear um novo superintendente também é reforçada porque Dárcy estudava até a nomeação de técnicos de fora da prefeitura, mas os servidores têm feito campanha contra comissionados sem concurso. Eles veem com "bons olhos" o diretor do Daerp Ivo Colichio --nomeado recentemente--, que é servidor de carreira.

Segundo um funcionário do Daerp, os servidores querem um nome técnico para chefiar a autarquia.

Pelo menos três protestos organizados pelo sindicato dos servidores foram realizados no Daerp após o anúncio do decreto. Os funcionários pressionaram, inclusive, Santos na porta de uma das unidades da autarquia.

As manifestações foram realizadas em outras secretarias da prefeitura. Os servidores protestam sobretudo contra medidas como o corte de horas extras, a restrição da venda de um terço das férias e a declaração de Dárcy de que há um excesso de faltas por parte dos funcionários.

Depois dos protestos, a prefeitura recuou e suspendeu a medida que restringia a venda de parte das férias dos servidores.

Nos protestos, os servidores pediram a demissão de funcionários comissionados sem concurso público.

Eles ameaçaram até uma greve se esses comissionados sem vínculo permanecessem empregados. "O problema do Daerp é falta de gestão", disse o presidente do sindicato, Wagner Rodrigues.


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