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Agora, secretário nega sabotagem na rede de água de Ribeirão Preto
Suspeita de atos criminosos foi usada na campanha de Dárcy
Dois meses após assumir o comando do Daerp (autarquia de água e esgoto) de Ribeirão Preto, o secretário da Administração, Marco Antonio dos Santos, afirmou ontem que não há indícios de sabotagem nos poços de água que abastecem a cidade.
A declaração foi dada quase um ano depois de a campanha da prefeita Dárcy Vera (PSD) ter afirmado que a falta de água na cidade ocorria por sabotagem no sistema de abastecimento. Sem citar nomes, ela culpou adversários políticos pela suspeita.
"Não dá para concluir que houve sabotagem", disse Santos durante reunião ontem da CEE (Comissão Especial de Estudos) do Daerp, na Câmara. Após assumir o comando interino da autarquia, em julho passado, Santos instalou sindicâncias para apurar as suspeitas.
O suposto ato criminoso foi inclusive motivo para a instalação da CEE, proposta pelo vereador Walter Gomes (PR), do partido que comandava o Daerp desde 2009, quando Dárcy assumiu a prefeitura.
Indicado pelo PR, o ex-superintendente do Daerp Marcelo Galli foi demitido em julho quando a falta de água atingiu 100 mil pessoas num único final de semana.
"Numa sindicância você tem que saber a autoria, como foi feito. Às vezes o servidor acha que foi um ato de sabotagem, mas não aponta quem poderia ser. Não há autor", afirma Santos.
Gomes, que preside a CEE do Daerp, também afirmou, na última quinta-feira, que não acredita que tenha havido sabotagem.
Apesar de não confirmar a existência de danos propositais à rede de abastecimento, Santos diz que depois das denúncias virem a público os casos de falhas nas bombas de água diminuíram.
"Algo que era recorrente [em 2012] parou de acontecer neste ano", afirmou o secretário.
