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Ribeirão

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Conserto de bombas sem licitação é feito desde 1999, justifica prefeitura

Gestão Dárcy afirma que não tem como fazer concorrência pública e estuda criar oficina no Daerp

Sabesp, no entanto, diz que realiza licitações para a manutenção de bombas nos municípios onde atua em São Paulo

FELIPE AMORIM DE RIBEIRÃO PRETO

O Daerp (autarquia de água e esgotos de Ribeirão Preto) contrata empresas sem licitação para a manutenção das bombas usadas no abastecimento de água da cidade pelo menos desde 1999.

A informação foi dada pelo secretário municipal da Administração e superintendente interino do Daerp, Marco Antonio dos Santos, como justificativa para os gastos da autarquia com o serviço.

O Daerp gasta uma média mensal de R$ 71,5 mil sem concorrência pública com o conserto de bombas de água. Desde 2011 esse gasto alcança R$ 2,35 milhões. Em média, quatro bombas passam por reparos a cada mês.

O secretário afirma que não é possível fazer a licitação, pois apenas o fabricante do equipamento tem capacidade para consertá-lo. "[Isso ocorre porque] Só a empresa fornece os equipamentos de montagem de suas máquinas", disse Santos.

Apesar das declarações do chefe do Daerp, a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), empresa responsável pelos serviços de água e esgoto em 363 municípios paulistas, adota outro procedimento.

A Sabesp, que também gerencia bombas de captação, informou à Folha que realiza concorrência pública para contratar serviços de manutenção dessas máquinas.

OFICINA DE BOMBAS

Apesar de defender a legalidade das contratações, Santos afirma que uma sindicância do Daerp investiga os contratos de manutenção de bombas. Ele não divulgou qual a suspeita sob investigação ou se é apurado o envolvimento de servidores em eventuais irregularidades.

O diretor técnico do Daerp, Ivo Colichio Júnior, afirmou que foi criado um grupo para avaliar os investimentos necessários à oficina de bombas do Daerp para que a autarquia passe a realizar reparos nos equipamentos.

Não foi informado o valor do investimento. Segundo Santos, a proposta é que a oficina possa "aprimorar o diagnóstico" sobre os defeitos nos equipamentos, e que o próprio Daerp pudesse fazer o conserto de bombas de pequeno porte, ou que fosse licitada a compra das peças.

A proposta anunciada pode ser uma saída para o fato de a Prefeitura de Ribeirão e o Daerp não terem controle sobre as bombas que quebram, segundo relatos de funcionários da autarquia feitos à Folha e publicados ontem.

Eles dizem que o Daerp não tem como saber quais são as bombas dão defeito com mais frequência e podem, consequentemente, ser trocadas por novos equipamentos.


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