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Ribeirão

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Mercado de dançarinos de aluguel movimenta bailes

Em Ribeirão, são ao menos 15 profissionais para acompanhar mulheres

Cachê de um 'personal dancer' é de cerca de R$ 150; mulheres viúvas e solteiras são as que mais procuram serviço

ISABELA PALHARES FELIPE AMORIM DE RIBEIRÃO PRETO

Em três anos, o representante de vendas Igor Juliano Vieira, 33, deixou de ser o homem tímido e inseguro que durante as festas ficava nos cantos para ser disputado pelas mulheres nos bailes que costuma frequentar.

É que nesse período ele se inscreveu em um curso de dança, aprimorou-se e virou um profissional que acompanha mulheres por algumas horas para dançar em bailes.

Em Ribeirão Preto, existem ao menos 15 dançarinos de aluguel ou "personal dancers", como preferem ser chamados esses profissionais. Encontrados em escolas de dança da cidade, eles são, na sua maioria, alunos.

Raquel Elem, proprietária da escola que leva seu nome e onde Vieira dança, conta que a ideia de começar o serviço de contratar dançarinos surgiu a partir da reclamação das próprias alunas.

"Elas faziam as aulas e se divertiam muito dentro da escola", afirma, "mas reclamavam que, quando iam às festas, continuavam sentadas porque ninguém as tirava para dançar".

O diretor da escola de dança de salão Pé de Valsa, Djalma Contim, 55, afirma que o crescimento do negócio foi impulsionado em parte por uma histórica resistência dos homens. "É aquela coisa de sempre: homem nasceu para jogar bola e mulher para dançar, isso no mundo todo."

A procura maior é das mulheres solteiras ou viúvas com mais de 45 anos. Segundo Raquel, a exigência deles é o conhecimento da dança. "Quem gosta de dançar quer ser acompanhado por quem sabe. Ninguém quer levar pisões no pé a noite inteira."

O serviço garante ainda uma série de regras para os "personal dancers". Eles vão às festas vestidos de terno, não podem ingerir bebidas alcoólicas e devem ser educados com as clientes.

O cachê de um dançarino é de R$ 150 por quatro horas, sem incluir o convite e a alimentação durante o evento, que devem ser bancados também pela cliente.

O "personal dancer" Danilo de Lima Cândido, 31, é vendedor em uma multinacional e há um ano atua como dançarino. Diz que está na profissão pelo prazer de dançar.

"Recebo entre R$ 100 e R$ 150 por noite. Ainda não é um dinheiro que posso contar, porque o serviço varia muito. Eu encaro mais como um hobby, gosto e ainda ganho novas amizades."

A estudante de direito Juliana de Marchi, 22, contratou dois "personal dancers" para apresentar uma coreografia em seu aniversário. Ela contou que, depois da apresentação, os convidados ficaram empolgados e foram para a pista de dança.


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