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Ribeirão

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Ribeirão inicia remoção no Jd. Aeroporto

Com ação, prefeitura quer evitar atrasos no processo, importante para as obras de ampliação do Leite Lopes

Retirada de famílias, que foram para prédio do CDHU, é o passo final para o Estado realizar a desapropriação da área

ISABELA PALHARES DE RIBEIRÃO PRETO

Na tentativa de evitar atrasos nas obras de deslocamento da pista do aeroporto Leite Lopes, a Prefeitura de Ribeirão Preto iniciou ontem a remoção de 53 famílias do assentamento João Pessoa.

A reforma é importante para a internacionalização do Leite Lopes como aeroporto de cargas. O processo vive um impasse e pode atrasar.

Segundo o secretário da Casa Civil, Layr Luchesi Junior, a remoção das famílias dos barracos do Jardim Aeroporto é a última ação a ser realizada pela prefeitura para o início das obras de deslocamento da pista.

A administração municipal informou que enviou uma carta ao departamento pedindo para que tome posse da área o mais rápido possível.

As famílias estão sendo levadas para apartamentos da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano), no Jardim Eugênio Mendes Lopes.

"Pedimos que o Daesp [Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo] tenha cautela e tome posse [das áreas desocupadas] porque senão amanhã ou depois outras famílias podem voltar ao local", disse o secretário.

O Daesp informou, por meio de sua assessoria, que a publicação do decreto de utilidade pública da área está prevista para novembro e a licitação das obras deve ocorrer até o final do ano.

As 53 famílias tiveram que ser removidas do assentamento, que está sob a curva de ruído do aeroporto --ou seja, em área de vulnerabilidade ambiental.

"Se liberassem, eu já mudava hoje. De coisa ruim a gente não sente falta", disse o coletor de recicláveis Manuel dos Santos, 46. Ele mora há sete anos no assentamento com a mulher e os dois filhos, de nove e sete anos.

"Com o barulho, o chão estremecendo por causa dos aviões, a gente acostuma. O pior é sofrer o preconceito por morar aqui, ser chamado de favelado, por exemplo."

De acordo com a assessoria de imprensa da prefeitura, cerca de 60 famílias não serão retiradas e permanecerão no assentamento porque não estão dentro da área da curva de ruído do aeroporto.

IMPASSE

A alteração da pista, defendida pelo Estado e pela prefeitura para viabilizar a internacionalização do Leite Lopes, sofre ações judiciais.

O Ministério Público e a Associação de Moradores do Jardim Aeroporto defendem que a licença para as obras seja um EIA-Rima (Estudo de Impacto Ambiental - Relatório de Impacto Ambiental). Já o Estado diz que o RRA (Relatório de Regularização Ambiental), estudo considerado mais simples, é suficiente.


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