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Ribeirão

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Professor da USP propõe 87 km de ciclovias

Segundo ele, para viabilizar projeto, são necessários R$ 26,2 mi, 10% do custo de um viaduto

ISABELA PALHARES DE RIBEIRÃO PRETO

Três meses após começar a ir para o trabalho de bicicleta, por recomendação médica, André Lucirton Costa, 52, elaborou um projeto para a construção de 87,3 quilômetros de ciclovias em Ribeirão.

Professor da FEA (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade) da USP Ribeirão, Costa diz ter cansado de ver espaços subutilizados na cidade enquanto o trânsito se mostra "caótico".

O docente foi responsável pelo estudo encomendado pelo Ministério Público, que apontou deficiências no transporte coletivo de Ribeirão, alvo de uma investigação por vereadores na Câmara.

No projeto, feito em parceria com a arquiteta e urbanista Lívia Fornitano Roveri, são estimados R$ 26,2 milhões para executar as ciclovias.

De acordo com o professor, o valor corresponde a 10% do custo de um viaduto.

"Mesmo em avenidas largas, as bicicletas têm que competir com os carros ou com os pedestres. Ou o ciclista se arrisca a andar entre os carros ou sobe na calçada."

Atualmente, segundo a prefeitura, Ribeirão tem 7,2 quilômetros de ciclovias --exclusivo para a circulação de bicicletas, separado do trânsito de veículos e pedestres-- na via Norte e na Henry Nestlé. Um projeto, ainda sem data de implantação, prevê mais 30 quilômetros.

Cidades com porte semelhante e de menor número de habitantes têm outra situação. Joinville (SC) tem 110 quilômetros de ciclovia e Sorocaba, 106 quilômetros de vias para bicicletas.

"A quantidade de ciclovias na cidade mostra que falta vontade política. Além de trazer benefícios para a saúde e qualidade de vida da população, a construção de ciclovias não requer muitas intervenções e é um projeto barato", afirmou Costa.

De acordo com o estudo, os eixos cicloviários seriam construídos às margens dos rios e córregos que cortam a cidade --áreas ideais por não terem subidas íngremes.

Além disso, o professor buscou criar "artérias de locomoção" que possam levar o ciclista a todas as regiões da cidade. "Não podemos falar que hoje a bicicleta seja uma alternativa viável de transporte urbano em Ribeirão Preto", disse ele.

O projeto será apresentado aos vereadores e, posteriormente, à Transerp (empresa que gerencia o trânsito no município) para avaliação.


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