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São Carlos não sabe quando vai expor as cem gravuras de Dalí

Prefeitura não tem um local adequado para receber o acervo doado por produtor rural

JOÃO PITOMBEIRA COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE RIBEIRÃO PRETO

As cem gravuras do pintor surrealista Salvador Dalí (1904-1989) doadas pelo produtor rural Lover Ibaixe, 80, para a cidade de São Carlos podem demorar para serem expostas ao público.

A prefeitura não tem previsão de adaptação de um local com condições adequadas ao armazenamento e apresentação das obras.

Na última segunda, aniversário de 156 anos do município, 20 das xilogravuras foram expostas na prefeitura e voltaram a ser guardadas.

As obras retratam os temas inferno, purgatório e paraíso presentes no clássico da literatura "A Divina Comédia", do poeta Dante Alighieri.

Já tiveram a originalidade comprovada pela ''Fundação Gala - Salvador Dalí'', em Figueres, na Espanha.

O doador disse que pode reaver o acervo, adquirido nos anos 60, caso ele não seja bem cuidado. "Eu exigi deles a conservação e a exposição ao público. Isso está em contrato", afirmou Ibaixe, natural de São Carlos, de onde saiu aos 15 anos. Ainda tem uma casa na cidade.

Ibaixe quis deixar um presente para a cidade natal. "Seria egoísmo vender ou deixar as obras para meus sobrinhos [ele vive sozinho]. Quero dividir essa arte."

Ele guardou as gravuras por décadas num banco, pagando um valor mensal, mas hoje é o gabinete do prefeito Paulo Altomani (PSDB) que abriga o material, segundo o produtor rural. "Ele guardou lá por causa dos guardas e da climatização." A administração não confirma.

Segundo a prefeitura, um prédio será reformado para receber e expor as obras. Não há prazo para o início da construção.


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