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Polícia usa ligações para tentar avançar no caso Joaquim
Relatório parcial de quebra de sigilo aponta que Natália recebeu sete telefonemas em uma hora no dia do sumiço
Polícia reafirma que corpo de garoto foi jogado em córrego perto da casa da família e não diretamente no rio
A Polícia Civil de Ribeirão recebeu das operadoras telefônicas parte do relatório de ligações feitas e recebidas pela mãe e pelo padrasto do menino Joaquim Ponte Marques, 3, encontrado morto no último dia 10.
Com os dados, policiais passaram a fazer o cruzamento de informações para tentar avançar no inquérito que investiga a morte do garoto, que desapareceu de casa cinco dias antes de o corpo ser encontrado.
O problema é que os dados recebidos até o momento se referem à manhã do dia 5.
O delegado Paulo Henrique Martins de Castro afirmou ser importante receber a lista de números discados pelo casal na noite anterior e durante a madrugada do suposto sumiço.
Na documentação que tem em mãos, a polícia já sabe que a mãe de Joaquim, Natália Mingoni Ponte, 29, recebeu sete ligações entre 8h45 e 9h52 --à polícia a mãe disse ter notado o desaparecimento do filho às 7h.
À tarde, ela recebeu mais nove ligações até as 16h.
A mãe conversou com o pai da criança, Artur Paes, três vezes, além de familiares.
No total, o delegado pediu a quebra do sigilo de 11 linhas de telefone, entre móveis e fixas, de Natália, do marido, Guilherme Raymo Longo, 28, e de mais dois familiares --os nomes não foram revelados.
Os pais de Longo, no entanto, disseram à Folha, antes de o casal ter sido preso temporariamente no dia 10, que tiveram seus telefones celulares apreendidos.
Castro disse também ter descartado a hipótese de o corpo ter sido jogado diretamente no rio Pardo. A suspeita foi levantada após um pescador dizer ter visto um homem jogando um objeto no rio na madrugada do dia 5.
O delegado disse que as afirmações não foram confirmadas. Para a polícia, Joaquim morreu em casa e seu corpo foi jogado no córrego Tanquinho, localizado a 200 metros do imóvel.
