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Delegado quer que padrasto leve policiais a ponto de droga
Reconstituição do caso pode ser feita entre hoje e amanhã; por segurança, família põe cerca de arame na casa
"Já temos provas suficientes para indiciar [o padrasto], mas a reconstituição sobre os fatos que antecederam o desaparecimento da criança são importantes para a conclusão do inquérito policialpaulo henrique martins de castrodelegado responsável pelo caso
O técnico em informática Guilherme Raymo Longo, 28, principal suspeito pela morte do enteado Joaquim Ponte Marques, 3, deverá levar a polícia até o ponto de tráfico de drogas que frequentava.
Pelo menos é o que pretende a Polícia Civil de Ribeirão, que pode fazer entre hoje e amanhã a reconstituição do caso no Jardim Independência, zona norte da cidade.
Longo, que afirmou ser usuário de cocaína, disse em depoimento que trocou seu celular por droga no local.
A reconstituição começará dentro da casa em que a família morava, na rua Brigadeiro Tobias de Aguiar --por segurança e para evitar furtos, familiares instalaram cerca de arame no local, pois o imóvel está sem morador.
O padrasto deverá percorrer a extensão da rua em direção ao córrego Tanquinho, na avenida Guido Golfeto. Para a polícia, o corpo de Joaquim foi jogado lá, de onde seguiu até o rio Pardo, onde foi encontrado no dia 10.
De lá, a reconstituição seguirá para a rua Coelho Neto, onde Longo disse que comprava o entorpecente.
O delegado Paulo Henrique Martins de Castro não confirmou o horário da reconstituição. Segundo o delegado, ela é importante para concluir o inquérito.
Entre as informações que a polícia pretende levantar estão a probabilidade de Natália Mingoni Ponte, 29, mãe de Joaquim, ter escutado algum barulho de seu quarto.
Ela afirmou que aplicou insulina no filho por volta de 22h e dormiu, notando o desaparecimento da criança às 7h do dia seguinte.
Já Longo afirmou que saiu para comprar drogas durante a madrugada e voltou minutos depois, sem ter encontrado o que buscava.
Segundo ele, o menino estava dentro de casa quando saiu e depois de ter voltado.
Longo disse ainda que trancou o portão, mas deixou a porta da sala aberta para evitar que Natália acordasse.
Um esquema de segurança será montado para garantir a integridade física do principal suspeito. A Transerp (empresa que gerencia o tráfego) e a PM bloquearão o trânsito no entorno.