Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Ribeirão

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

PMs apontam contradições de padrasto

Em depoimento, policiais dizem que Longo teve comportamento suspeito no dia do suposto sumiço de Joaquim

Longo diz que não saiu de casa mas, ao saber que câmeras poderiam ter gravado imagens, recua e confirma saída

DE RIBEIRÃO PRETO

Policiais militares que atenderam a ocorrência do suposto sumiço do menino Joaquim Ponte Marques, 3, prestaram depoimento ontem e relataram novas contradições e indícios envolvendo o padrasto da criança, Guilherme Raymo Longo, 28.

O corpo de Joaquim foi encontrado no último dia 10 no rio Pardo, em Barretos.

Segundo os depoimentos, prestados na DIG (Delegacia de Investigações Gerais), a primeira contradição de Longo foi ele ter dito, inicialmente, que não havia saído de casa na madrugada do dia 5.

Após ser informado pelos policiais da existência de câmeras nas imediações, Longo recuou e disse que saiu de casa por cerca de 40 minutos.

O padrasto também disse aos policiais que, por volta de 8h, procurou Joaquim na rua Coelho Neto, local em que ele comprava drogas.

Ele argumentou, conforme os PMs, que traficantes poderiam ter levado o menino. No entanto, negou que tivesse dívidas, conforme o cabo Gledson Andrade.

Ainda de acordo com o policial militar, Longo estava nervoso, tenso e repetitivo em suas afirmações.

Os policiais relataram que a própria família da mãe de Joaquim, Natália Mingoni Ponte, 29, desconfiou do comportamento de Longo.

O fato de o portão estar trancado durante a madrugada, conforme depoimento do próprio padrasto, e de o muro da casa ser alto, levantou ainda mais as suspeitas dos policiais contra Longo.

GRAVAÇÃO

A PM decidiu, então, gravar uma conversa entre Natália e o marido sem que eles percebessem. O sargento João Augusto Brandão colocou um gravador sob um edredom, no quarto do menino, quando o casal estava sozinho.

Na gravação, o padrasto tenta confundir a mulher, que faz perguntas sobre o que aconteceu com Joaquim e pede pela presença do filho.

De acordo com o sargento, a gravação foi feita com autorização da corporação, mas não terá validade jurídica, segundo o promotor Marco Tulio Alves Nicolino.

O áudio foi entregue ao delegado Paulo Henrique Martins de Castro, que apura o caso, anteontem.

De acordo com o soldado Ricardo Boltelet, que atendeu a ocorrência, a PM tenta entregar a gravação desde o dia da prisão temporária. "Não entregamos antes porque não havia solicitação do delegado", afirmou o PM.

O delegado não falou com a imprensa ontem.

A Folha não conseguiu ouvir o advogado de Longo, Antônio Carlos de Oliveira. Anteriormente, ele negou a participação de seu cliente no sumiço e morte do menino.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página