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TJ-SP nega soltar padrasto de Joaquim
Advogado de Guilherme Raymo Longo afirmou que vai recorrer da decisão da Justiça
O TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) negou ontem a liminar sobre o pedido de habeas corpus de Guilherme Raymo Longo, 28, padrasto e principal suspeito do sumiço e morte do menino Joaquim Ponte Marques, 3.
O advogado dele, Antônio Carlos de Oliveira, afirmou que irá recorrer da decisão e o mérito do pedido deve ser analisado em até 30 dias.
Longo e a mãe de Joaquim, a psicóloga Natália Mingoni Ponte, 29, estão presos temporariamente há 20 dias, quando o corpo do menino foi encontrado no rio Pardo.
Ontem, Longo e Natália foram levados pela manhã à DIG (Delegacia de Investigações Gerais) e, mais uma vez, o delegado não ouviu o depoimento do casal.
Na última quarta-feira, a polícia repetiu a mesma ação. Na ocasião, o delegado Paulo Henrique Martins de Castro afirmou se tratar de "dinâmica de investigação".
O advogado de Longo afirmou que é "desnecessário" manter o rapaz algemado por diversas horas na delegacia e disse que poderá reclamar à Justiça caso o fato ocorra outras vezes.
Segundo fontes da polícia, as ações fazem parte da estratégia do delegado de pressionar psicologicamente o casal. O objetivo do delegado, de acordo com as fontes, seria "cansar" tanto Longo e Natália quanto seus advogados, e obter uma confissão.
A Folha não conseguiu falar ontem com Castro por meio do telefone celular.
No próximo dia 10, vence o prazo da prisão temporária ao casal e a Justiça poderá prorrogar por mais 30 dias caso a polícia comprove, por provas, a real necessidade da prisão.
Pela segunda vez, a psicóloga Danielle Zeoti esteve ontem na delegacia. Ela teve acesso ao inquérito para montar uma avaliação psicológica a ser aplicada no casal. "Meu papel é terapêutico, será de fazê-los pensar". Ontem, bombeiros foram ouvidos pelo delegado.