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Ribeirão

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Mãe e padrasto ficam presos mais 30 dias

Justiça prorroga prisão de Guilherme Longo e Natália Ponte após pedido da polícia, que apura morte de Joaquim

Para juíza, após corpo ser encontrado, houve fortes indícios de crime; defesa de Longo diz que vai recorrer da decisão

DE RIBEIRÃO PRETO

A Justiça de Ribeirão Preto prorrogou por mais 30 dias a prisão temporária de Natália Mingoni Ponte, 29, e de Guilherme Raymo Longo, 28, mãe e padrasto do menino Joaquim Ponte Marques, 3, encontrado morto no rio Pardo, em Barretos, há um mês.

Na decisão de ontem, a juíza Isabel Cristina Alonso dos Santos Bezerra, da 2ª Vara do Júri e das Execuções Criminais, afirmou que após o corpo ter sido encontrado, houve fortes indícios da existência de crime. O motivo foi o mesmo alegado para a primeira prisão em novembro.

O pedido de prorrogação foi feito pelo delegado Paulo Henrique Martins de Castro para concluir as investigações. Ele aguarda os laudos da Polícia Técnico-Científica, concluídos na última sexta-feira e enviados para a delegacia seccional.

Os laudos referem-se a exames requisitados, como das vísceras e do sangue de Joaquim. A expectativa da polícia é que por meio dos exames possa se apontar a causas da morte do menino.

De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria de Estado da Segurança Pública, os documentos estão em trâmite na delegacia seccional. Até a noite de ontem, Castro não havia tido acesso.

Antônio Carlos de Oliveira, advogado de Longo, disse ser desnecessário manter o padrasto na prisão porque "ele colabora com as investigações desde o início".

Oliveira afirmou que irá recorrer da decisão no mesmo recurso que está sob análise no TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo).

"O próprio delegado já afirmou que o inquérito está quase concluso. Não tem motivos para ele ficar preso", disse.

O advogado que defende Natália, Cássio Alberto Gomes Ferreira, afirmou que aguardará a divulgação dos laudos sobre a morte de Joaquim para analisar quais as medidas que serão adotadas.

Segundo ele, Natália não recebeu com surpresa a notícia da prorrogação da prisão.

A mãe está presa na cadeia pública feminina de Franca e Longo, na Delegacia Seccional de Barretos.

AGRESSIVIDADE

Em depoimento na polícia no final do mês passado, a irmã do padrasto, Karina Longo, afirmou que nunca viu o irmão preocupado com o sumiço de Joaquim e confirmou que ele é agressivo.

No depoimento, ao qual a Folha teve acesso, Karina descreveu Natália como uma pessoa "boa, carinhosa e boa mãe", e que nunca presenciou nenhuma agressão do casal contra Joaquim e o filho deles, um bebê de quatro meses de idade.


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