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Ribeirão

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Após epidemia, região muda sistema de combate à dengue

Carros de som, prêmios e aumento de agentes são algumas das medidas

Intensificar o combate é a maneira de evitar o avanço da doença, mesmo que não seja eficaz, diz especialista

CAMILA TURTELLI DE RIBEIRÃO PRETO

Após o registro de epidemias de dengue neste ano, prefeituras da região de Ribeirão Preto adotaram novas medidas para combater a doença e evitar a repetição dos casos em 2014.

Entre as estratégias estão o uso de carros de som nas ruas, prêmios aos moradores e o aumento no total de agentes para combater o mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença.

Matão, Sertãozinho, Franca e São Carlos são algumas das cidades com táticas para evitar novos registros de surtos ou epidemias.

Em Matão, com 1.099 casos no ano, a prefeitura passou a oferecer prêmios como DVDs e tablets para incentivar a população a eliminar os criadouros do mosquito, como pneus e garrafas.

A medida foi implantada pela Secretaria da Saúde depois que o número de casos explodiu em 2013.

Já em Sertãozinho, com 545 confirmações, uma das estratégias criadas pelo Núcleo do Controle de Vetores foi adquirir um carro de som que acompanha as equipes.

O veículo passa avisando a população sobre o trabalho.

A Vigilância Ambiental de Franca diz que cerca de 60 agentes foram colocados nas ruas todos os dias e que a ênfase da prevenção é a conscientização, segundo o chefe do órgão, José Conrado Neto.

Márcia Valério Pallone, chefe da Divisão da Vigilância Epidemiológica de São Carlos, diz que a cidade está em fase de licitação para triplicar as equipes, com a contratação de 60 agentes, nebulizadores e equipamentos.

Para o infectologista e virologista Luiz Tadeu Figueiredo, da Faculdade de Medicina da USP em Ribeirão Preto, intensificar o trabalho de combate ao mosquito da dengue é a maneira de evitar o avanço da doença.

"É a única estratégia disponível, mesmo que não seja altamente eficaz."

Por outro lado, ele disse que o ciclo da doença depende de fatores como a introdução de novos tipos de vírus, o que torna a questão algo imprevisível, e que o foco das medidas preventivas deve ser no controle do mosquito, mas também na conscientização.

Enquanto isso, em Ribeirão Preto, que registrou um aumento superior a 6.000% no total de casos em 2013 em relação ao ano passado, as medidas seguem as mesmas.

"O que temos de fazer é não ter óbitos", disse Maria Luiza Santa Maria, diretora do departamento de Vigilância e Saúde.


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