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Ribeirão

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Após bomba, Câmara suspende sessão

Pela segunda vez, manifestantes impedem votação de projeto que prorrogaria contrato de professor emergencial

Dárcy tentou negociar, propondo reduzir nº de comissionados e tempo de contrato, mas ativistas rechaçaram

GABRIELA YAMADA DE RIBEIRÃO PRETO

Pressionada por cerca de 300 manifestantes contrários ao projeto de lei que prevê a prorrogação de 356 contratos de professores emergenciais, a Câmara de Ribeirão Preto suspendeu a última sessão do ano ontem. Parte dos contratos vence hoje.

Ao menos duas bombas e um sinalizador foram atirados pelos manifestantes no plenário da Casa. O presidente da Câmara, Cícero Gomes da Silva (PMDB), foi atingido por ovos e farinha no momento em que anunciaria o início das atividades.

Por isso, o projeto nem chegou a ser votado pelos vereadores e Cícero foi retirado às pressas por assessores parlamentares. Ele não se feriu.

Foi a segunda vez em que os manifestantes, integrantes dos movimentos Panelaço, Se Vira Ribeirão, Unidade Vermelha e Aproferp (Associação dos Profissionais de Ensino de Ribeirão Preto), interromperam a votação do projeto de lei.

Além das bombas, dos ovos e da farinha, os manifestantes também tentaram invadir o local em que os vereadores ficam, mas foram impedidos por guardas municipais, que fizeram um cordão de isolamento.

Antes de ser anunciada a suspensão da sessão, os vereadores oposicionistas Beto Cangussu (PT) e Marcos Papa (PV) falaram com a prefeita Dárcy Vera (PSD) e a secretária da Educação, Debora Vendramini, para negociar a retirada do projeto da pauta.

O Executivo fez duas contrapropostas, levadas aos manifestantes: a redução do período de prorrogação do contrato --de um ano para seis meses-- e a exoneração gradativa de comissionados.

Por unanimidade, o grupo que protestava recusou as duas propostas.

Os parlamentares foram embora pela porta do fundo da Câmara. De acordo com vereadores ouvidos pela Folha, não há previsão da Casa de convocar sessão extraordinária para votar o projeto.

"Desta vez caiu a ficha da Câmara em não comprar uma briga que não é nossa. Se houvesse interesse [da base governista] em votar, teria feito isso hoje", disse Cangussu.

Os manifestantes chegaram na Câmara às 14h. Diretoras de escolas, que ocupam cargos comissionados, foram convocadas a ir ao local. Após pressão dos movimentos e uma ordem da prefeitura, as diretoras foram embora.


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