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Furto de bengala centenária expõe fragilidade de museus

Coleções do Café e do Histórico, na USP, não são vigiadas nem por seguranças

Prédios ainda estão comprometidos com infiltrações e ataques de cupins, entre outros problemas estruturais

CAMILA TURTELLI DE RIBEIRÃO PRETO

É fácil entrar e andar desassistido pelos dois museus que ficam no complexo da USP (Universidade de São Paulo) em Ribeirão, o Histórico e o do Café. Não há câmeras, controle de entrada ou vigias, o que pode resultar em furtos, como já ocorreu.

Poucos funcionários, sete no total, precisam vigiar três entradas e os visitantes, que podem chegar a 400 em um dia com excursões escolares, segundo dados do museu.

Em novembro, uma bengala centenária que pertenceu ao ex-prefeito João Rodrigues Guião (1920-26 e 1929-30) foi furtada do Museu do Café. Ela ficava exposta sem nenhuma proteção, presa somente por fios de náilon.

A falta de segurança, no entanto, não é o único problema do local, que sofre com infiltrações e ataques de cupins --situação que não deve mudar tão cedo.

O caso mais emblemático é o do quadro "Fundação de Ribeirão Preto" (1956), de Odilla Mestriner, que foi atingido por uma infiltração e precisará ser restaurado.

Segundo o secretário da Cultura de Ribeirão Preto, Alessandro Maraca, não há receita para investir nos museus e a pasta tem buscado recursos por meio de leis de incentivo e editais para aumentar o orçamento.

O diretor dos dois museus, Daniel Basso, confirmou a falta de segurança e estrutura. Uma passagem na varanda do Museu do Café foi interditada por ele. "Uma criança pode cair e se machucar por causa do estado do piso."

A responsabilidade dos espaços é da Prefeitura de Ribeirão Preto. Basso disse que não há guarda civil no local.

Para tentar contornar os problemas, Maraca afirmou que está prevista para o início de 2014 uma licitação para a aquisição de câmeras de segurança. O secretário fala ainda em medidas paliativas."Estamos conversando com a direção para que eles trabalhem com equipes atendendo só uma entrada."

Sobre a estrutura, disse que está previsto, também para o início do ano, um trabalho para exterminar os cupins dos dois museus.

Segundo a prefeitura, em 2013 a Secretaria da Cultura gastou com a manutenção dos museus R$ 250 mil.

Ao contrário dos museus no campus da USP, o Marp (Museu de Arte de Ribeirão Preto) tem funcionários da prefeitura atuando na segurança do local, de acordo com o diretor, Nilton Campos.

Além da administração, o local conta com uma associação formada por voluntários que contribuem anualmente com ao menos R$ 120. Eles também promovem eventos para arrecadar fundos.


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