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Corpo de Íris foi limpo após crime, diz polícia

Para delegado responsável pelo caso, ferimentos podem significar que garota estava dormindo ao ser atingida

Menina de oito anos foi encontrada morta com três facadas no sábado, em Mococa; mãe e padrasto foram presos

CAMILA TURTELLI DE RIBEIRÃO PRETO

O corpo da menina Íris Cardoso, 8, morta a facadas em Mococa, foi achado com roupas limpas e sem marcas de sangue. Para a polícia, quem a matou limpou o corpo e trocou a roupa da garota antes de jogá-lo em um terreno. Mãe e padrasto estão presos.

A afirmação é do delegado Wanderley Fernandes Martins Junior. Segundo ele, as três facadas que atingiram a menina perfuraram o pulmão esquerdo e o corpo da menina não apresenta lesões de tentativa de defesa.

"Isso pode significar que ela estava dormindo quando foi atingida. Quem fez tinha a certeza de que estava fazendo para matar", afirmou.

A polícia prendeu a mãe, Ana Paula Milani, 36, e o padrasto, Sebastião Carlos Rodrigues, 27, porque encontrou toalhas e roupas com supostas manchas de sangue no quarto do casal.

Encontrou ainda na casa uma faca de cozinha compatível com os ferimentos. O banheiro do imóvel também estava molhado. A Justiça decretou a prisão temporária do casal anteontem.

Iris foi encontrada no sábado, em um terreno perto da sua casa, no bairro Mocoquinha, periferia da cidade.

"Ela parecia uma boneca, esses manequins de loja, com a roupa limpinha", afirmou Sebastião Alves Pio, dono de um bar ao lado do terreno. Foi ele quem encontrou a menina e avisou a mãe.

A reação da mãe ao ver o corpo da filha foi outro fator que levou a Polícia Civil a considerar o casal suspeito. "A frieza da mãe com a situação foi impressionante", afirmou o delegado.

O delegado disse que apurou com familiares e vizinhos que o casal costumava brigar. "Ele batia nela [Ana Paula] e nas crianças", disse. Ana Paula é mãe de dez filhos.

Três deles moravam com a mãe. Entre a noite de sexta-feira e a manhã de sábado, apenas Íris estava com o casal, segundo a Polícia Civil.

De acordo com familiares, o pai biológico de Íris está preso. A polícia pretende ouvi-lo também.

Em depoimento, o padrasto disse à polícia já ter sido preso no Maranhão, mas negou envolvimento na morte, assim como a mãe da garota.

Eles, que ainda não têm advogado constituído, alegam que viram a menina pela última vez na noite de sexta.

O laudo do IML (Instituto Médico Legal) sobre as agressões ao corpo de Íris deve sair em 10 dias.


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