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Reunião na prefeitura define o cancelamento do Carnaval
Com isso, Ribeirão terá apenas pequenos eventos em bairros, com verba restrita
Após vetar verba de R$ 1,2 mi prevista no Orçamento, prefeitura renegocia e oferece R$ 30 mil para escolas
Uma reunião ontem no palácio Rio Branco, sede do governo, definiu o cancelamento do desfile das escolas de samba de Ribeirão Preto. No lugar, a cidade fará somente eventos em bairros.
A prefeitura, após vetar o repasse de verba que estava previsto no Orçamento, alegando a crise financeira vivida pelo município -- até o pagamento de férias aos servidores sofreu atraso--, ofereceu um valor 55% inferior ao do ano passado.
Os presidentes das escolas de samba, no entanto, afirmaram que, com essa verba reduzida, não é possível fazer o evento. No ano passado, cada uma das escolas recebeu R$ 67.500 e, para este ano, a previsão é de R$ 30 mil.
Com o valor, as agremiações planejam festas de Carnaval espalhadas pelos bairros de Ribeirão. "Chegamos a um consenso", afirmou o secretário da Cultura, Alessandro Maraca.
Além da verba para as escolas, duas agremiações de Bonfim Paulista devem receber R$ 20 mil e o bloco afoxé, R$ 15 mil. O repasse precisa ainda ser aprovado em forma de lei pela Câmara.
O secretário prevê que, se aprovado, será feito após o dia 15 de fevereiro.
"A estrutura será bancada pela prefeitura e o repasse é para que haja apresentações artísticas", disse Maraca.
As agremiações devem realizar os eventos em suas respectivas quadras, ruas e também no Parque Permanente de Exposições.
"Não tivemos outra alternativa a não ser aceitar o Carnaval assim", afirmou o presidente da Liga União das Escolas de Samba de Ribeirão Preto, Anderson Amâncio.
Luiz Carlos Nascimento, tesoureiro da Embaixadores, afirmou que pretende organizar uma festa dentro da quadra da escola, com oito horas de samba.
A Liga agendou uma reunião com os associados para amanhã. Na sequência, se reúnem com Maraca novamente para acertar os detalhes do projeto.
IMBRÓGLIO
O novo formato do Carnaval foi discutido ontem pela manhã em uma reunião que durou quase três horas na sede da prefeitura.
Estiveram presentes os representantes das escolas e os secretários da Cultura e da Casa Civil, Layr Luchesi.
Maraca disse à Folha na última terça-feira que a decisão do cancelamento da verba prevista no Orçamento não foi da sua pasta, mas da coordenadoria de metas.
