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PM adota arma de guerra contra explosões
Força Tática passa a utilizar fuzis para combater ataques a caixas eletrônicos na região
Para tentar combater em condições de igualdade as ações criminosas de ataques a caixas eletrônicos, a Polícia Militar passou a adotar armamento de guerra na região de Ribeirão Preto.
Comandante do batalhão da Força Tática, Maurício Jerônimo Melo afirmou que o perfil dos últimos ataques mostram que os crimes são praticados por quadrilhas violentas, que utilizam armamento de grosso calibre e estão bem organizadas.
"Vamos usar um fuzil de guerra [fuzil automático leve 7,62], infelizmente. Nós temos que responder com um poder de fogo, no mínimo, igual ao que eles utilizam. Queremos devolver a sensação de segurança à população", afirmou o comandante.
Nos oito primeiros dias de 2014, as cidades da região registraram oito ataques do tipo. Suspeitos estouraram neste ano caixas em Altinópolis, Porto Ferreira, Restinga e Ribeirão Preto.
Além do fuzil, serão usadas espingardas calibre 12, CT 30 e metralhadoras.
Serão treinados 150 policiais para o uso dessas armas. Eles farão policiamento ostensivo em 13 cidades da região nos horários e locais em que foi constatada a maior incidência do crime.
Melo disse que os ataques também poderiam ser inibidos com reforço dos sistemas de segurança dos bancos e a redução do valor disponível nos caixas eletrônicos.
O delegado João Osinski Júnior, diretor do Deinter-3 (Departamento de Polícia Judiciária do Interior), disse que os criminosos trocaram dinamites por artefatos caseiros, porque falhas na segurança das próprias agências bancárias permitem a prática.
A Febraban (Federação Brasileira de Bancos) disse, em nota, que o dinheiro disponível nos caixas atende às necessidades dos usuários nos pontos de atendimento.
Também informou que todos os bancos têm plano de segurança aprovado pela Polícia Federal e que trabalham em parceria com governos, polícias e o Judiciário para o combate aos crimes.