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Ribeirão

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Coleta seletiva 'patina' na região de Ribeirão Preto

Em três das quatro maiores cidades, reciclagem do lixo não atinge nem 1%

Cooperativas pedem maquinários novos, mais verbas e melhor estrutura dos locais para o trabalho

JOÃO ALBERTO PEDRINI DE RIBEIRÃO PRETO

Praticamente inexistente, a coleta seletiva não avança na região e, em três das quatro cidades mais populosas --Ribeirão Preto, Franca e São Carlos--, os resíduos destinados para a reciclagem não correspondem a 1% do total de lixo produzido.

A exceção é Araraquara, que recicla 10% do seu lixo.

Em 2010, a lei nº 12.305 instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos, que estabelece normas mais claras em relação ao lixo nas cidades.

Apesar de a lei estabelecer incentivos para a coleta seletiva, nos quatro maiores municípios da região poucas cooperativas trabalham em parceria com prefeituras.

E, de acordo com cooperados, que têm renda mensal entre R$ 750 e R$ 975, falta incentivo à atividade. As prefeituras, por sua vez, afirmam estimular a prática.

Os cooperados reivindicam reposição de maquinários sucateados e obsoletos, repasses de verbas em dia, melhor infraestrutura e locais mais adequados para o trabalho.

A Coopervida (cooperativa dos catadores de recicláveis), de São Carlos, informou que desde o ano passado a prefeitura não vem fornecendo regularmente os três caminhões destinados para coletar o lixo reciclável.

Além disso, a entidade precisa de um novo local para se instalar, já que o atual é insuficiente para receber as novas máquinas adquiridas.

Uma reunião entre a administração e a cooperativa definiu que não haverá mais falta de caminhões.

Em Franca, a cooperativa de catadores reivindica que o município repasse uma verba mensal para ajudar a custear os serviços. Pede, também, máquinas novas.

Com melhor infraestrutura, a presidente da cooperativa, Diana Angélica Bastos Guedes, 39, disse que a quantidade atual de cooperados poderia triplicar.

Já em Ribeirão Preto, após anos de impasse, a Cooperativa Mãos Dadas e a prefeitura assinaram um convênio no ano passado. Segundo a presidente da entidade, Iraci Pereyra, 62, a situação melhorou, mas ainda há dificuldades para trabalhar.

"Às vezes, o repasse atrasa. Não passa de um mês, mas prejudica o andamento da cooperativa."

Ela afirmou ainda que há necessidade de um outro lugar para trabalhar, já que é frequente a ocorrência de alagamentos na cooperativa.

Mesmo em Araraquara, onde a situação é melhor, há reivindicações. Os cooperados pedem a cobertura do local onde o lixo é armazenado antes de ir para a triagem. A intenção é proteger os trabalhadores do sol e das chuvas.


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