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Quatro em cada dez separam o lixo em casa

De acordo com levantamento da USP, maioria é mulher, tem entre 30 e 50 anos e possui nível superior completo

Pesquisador diz que 80% das pessoas mostraram interesse em fazer a coleta para destinar à reciclagem

DE RIBEIRÃO PRETO

Estudo feito pelo departamento de contabilidade da FEA-RP (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto), da USP, aponta que 41,6% das pessoas entrevistadas têm o costume de separar o lixo.

Segundo o pesquisador Claudio de Souza Miranda, o resultado mostra que a população está comprometida com a coleta seletiva, mas faltam meios para que todo esse material separado tenha a destinação correta.

A pesquisa, que ouviu 515 pessoas em novembro e dezembro do ano passado em Ribeirão Preto, mostrou ainda que 19,8% dos entrevistados separam o lixo "às vezes"; e 38,6%, nunca.

A maioria dos que separam o lixo são mulheres, com idades entre 30 e 50 anos e com nível superior.

De acordo com ele, 80% das pessoas consultadas têm interesse em separar o lixo, o que mostra o potencial da reciclagem. O professor afirma que não basta apenas o poder público implementar meios para a coleta seletiva e que a responsabilidade deve ser, também, de empresas e da sociedade como um todo.

"Não adianta só esperar das prefeituras, é preciso se organizar, criar empresas, cooperativas. Vai muito além do poder público, é uma questão de consciência."

Ele afirma que os municípios devem reciclar mais de 1% do lixo produzido. "Empresas reciclam, condomínios também, indústrias. Existem os catadores de rua. Não é só cooperativa que recicla", diz.

Também da FEA-RP, a professora Sônia Valle Walter Borges de Oliveira, especialista em ambiente e saneamento, afirma que os municípios podem e devem providenciar ações para incentivar a coleta seletiva, mas que a sociedade e, principalmente as empresas, deveriam agir de forma mais contundente.

"Nos EUA, todos participam da reciclagem. Você compra o produto e usa. Quando você volta ao supermercado e leva a embalagem desse produto usada, acaba ganhando desconto na aquisição da mesma mercadoria ou de outras."

A professora afirma ainda que a reciclagem só vai funcionar quando houver reciprocidade. "Só vai resolver quando as pessoas tiverem a percepção de que, se elas reciclarem, vão receber alguma coisa em troca."


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