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Explosões em caixas eletrônicos atingem 23 bancos de 13 cidades

Número refere-se apenas ao mês de janeiro e já equivale à metade das ocorrências de 2013

Nem mesmo anúncio de reforço no armamento feito pela PM reduziu o nº de ataques na região de Ribeirão Preto

DE RIBEIRÃO PRETO

Depois de registrar uma onda de explosões a caixas eletrônicos no ano passado, a região de Ribeirão viu acentuar o total de ataques neste ano, que atingiram 23 bancos de 13 cidades só em janeiro.

O número de municípios com bancos atacados por assaltantes já equivale à metade de todo o ano passado, quando foram registrados 131 explosões em 27 cidades. E também já é maior que 2012 inteiro, que teve 21 casos.

Nem mesmo o anúncio feito pela Polícia Militar de que faria uma força-tarefa e usaria armamento de "guerra" para combater os ataques a caixas eletrônicos fez o número de casos recuar. Desde o anúncio, no dia 9 de janeiro, a região teve 15 explosões.

Segundo o coronel José Roberto Malaspina, comandante do CPI-3 --responsável por 93 cidades da região--, os bancos "não estão preocupados com a segurança" dos caixas eletrônicos". Segundo ele, a polícia reforçou a presença das equipes da Força Tática.

O especialista em segurança pública José Henrique Specie, professor de direito público da PUC (Pontifícia Universidade Católica) de Campinas, uma das principais características desse crime é a migração.

"Há um ano, os ataques estavam concentrados em Campinas. Quando a polícia reforçou a ação, eles migraram para outras áreas do Estado, como Ribeirão Preto."

Para o especialista, os ladrões se aproveitam da falta de rapidez das autoridades em adotar uma ação efetiva.

"Não deve existir muitas quadrilhas que fazem esse tipo de ação, pois os envolvidos demonstram ter conhecimento do que fazem e grande entrosamento. É um crime elaborado", afirmou Specie.

CASOS

Na madrugada de ontem, uma quadrilha explodiu simultaneamente caixas eletrônicos em duas agências bancárias de Boa Esperança do Sul. O grupo estava com carros roubados de Campinas, Hortolândia e Monte Mor.

Em janeiro, sete cidades da região com menos de 20 mil habitantes foram alvo de ações do tipo. São locais com baixo efetivo policial e, em alguns casos, com grande extensão territorial e fáceis rotas de fuga.

Em Restinga, com 7.000 habitantes, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), foram duas ocorrências em 22 dias.

"Cidades menores se tornaram um alvo fácil, pois têm efetivo policial muito pequeno e, às vezes, até mesmo inexistente", disse Specie.

A atuação geralmente ocorre durante a madrugada e aos finais de semana.

A Polícia Civil de Ribeirão Preto informou, em nota, que tem se dedicado às investigações, com ações da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) e do centro de inteligência. Os bancos informaram que colaboram com as polícias.


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