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Ribeirão

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Dárcy oferece dupla jornada a professor

Associação de docentes afirma que medida, já adotada em 2012, é irregular e leva o caso à Justiça de Ribeirão Preto

Administração diz que aumento da jornada é opcional para os profissionais e que situação é temporária

GABRIELA YAMADA DE RIBEIRÃO PRETO

A Secretaria da Educação voltou a oferecer um sistema irregular de jornada a professores para amenizar o problema de salas de aula que ficaram sem atribuição: o esquema de dobra, que já foi adotado em 2012.

A dobra é oferecida a professores de PEB 1 --de 1º a 5º ano-- de acordo com denúncia da Aproferp (Associação dos Profissionais da Educação de Ribeirão Preto) e de professores ouvidos pela reportagem.

No esquema, um professor assume duas salas livres --o que é ilegal porque, na categoria, a legislação prevê que cada professor assuma apenas uma sala.

Para não estourar o limite da carga horária, a dobra é divida com outro professor.

Assim, os alunos têm dois professores em esquema de revezamento.

"As crianças não têm referência. Pedagogicamente falando, isso é ruim e não cria vínculo", disse uma professora, que preferiu não ter o nome revelado.

A professora Gabriela Menegário, cujo contrato emergencial venceu ano passado, afirmou que trabalhou no esquema de dobra ilegal durante todo o ano de 2012.

"Inicialmente, era para ser apenas uma medida tapa-buraco, por dois meses. Seria uma dobra como apoio, mas acabou ficando permanente", afirmou.

A falta de professores atinge toda a rede municipal e grande parte do problema está nas creches, de acordo com a Aproferp.

Um dos exemplos é o CEI (Centro de Educação Infantil) Cloresdith Ferlin Ferreira, no Simioni, que na volta às aulas, ontem, registrou seis berçários sem professor.

Na CEI Tony Miyasaka, no Ribeirão Verde, havia 11 salas sem professores.

A informação surpreendeu até os pais dos alunos, que afirmaram não ter recebido informações sobre o deficit de docentes.

"Achei estranho não ter tido reunião este ano. Todo primeiro dia do ano, a escola faz reunião para apresentar os professores", disse Gabriela dos Santos Jorge, 22, mãe de uma aluna de três anos.

DENÚNCIA

Ontem, a Aproferp entregou ao juiz Paulo César Gentile, da Vara da Infância e Juventude, uma denúncia sobre 877 aulas e salas sem professores na rede.

Do total, são 759 aulas de ciências e artes, 114 salas de PEB 1 e quatro salas para alunos especiais.

"Com as salas de PEB 2 e 3. o número de salas pode subir e chegar a 400", disse Leonardo Sacramento, da entidade.


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