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Cooperativas de café têm perda de até 30% com falta de chuvas

Previsão de safra menor eleva preço de saca em US$ 30 em 15 dias

FELIPE AMORIM DE RIBEIRÃO PRETO

O forte calor e a falta de chuvas registradas desde o final de dezembro na região Sudeste, principal produtora do país, ameaçam a safra de café deste ano e cooperativas apontam perdas de até 30%.

É o caso da Cooxupé (Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé), maior cooperativa de cafeicultores do mundo, que tem colheita prevista para maio.

A Fundação Pró-Café, entidade de pesquisa mantida por produtores de Minas Gerais e de São Paulo, informou que observações em lavouras no sul de Minas indicam perdas estimadas em 20%.

O pesquisador da Pró-Café André Luiz Garcia disse que apenas após a volta das chuvas um levantamento estatístico poderá ser feito para indicar com maior precisão o prejuízo. É a pior estiagem desde que a série histórica de dados começou a ser compilada pela Pró-Café, em 1974.

No sul de Minas, a temperatura em janeiro ficou 1,1°C acima da média, de 22,4°C. O volume de chuvas em janeiro foi de só 15% da média.

"Ainda não é fácil dimensionar, mas se pode concluir que haverá impacto [na safra]", disse Ricardo Lima de Andrade, diretor da Cocapec (Cooperativa de Cafeicultores e Agropecuaristas), que reúne produtores da região de Franca e parte de Minas.

A previsão de safra menor elevou os preços no mercado futuro. A saca de 60 kg negociada para dezembro saiu do patamar de US$ 145, em 29 de janeiro, para R$ 175, sexta.

O presidente da Cooxupé, Carlos Alberto Paulino da Costa, afirmou que um eventual retorno das chuvas teria o efeito de só interromper o nível de perdas nos grãos.

Já o técnico da superintendência de gestão da oferta da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) Jorge Queiroz afirmou que é cedo para avaliar qual será o impacto do clima na safra deste ano.


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