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Ribeirão

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Após 200 roubos, postos apelam à polícia

Desde janeiro, foram registradas 27 explosões em caixas eletrônicos e cofres de estabelecimentos em Ribeirão

PM e Civil afirmam que esforço nunca foi tão grande como nos últimos meses, mas não priorizará os postos

ISABELA PALHARES DE RIBEIRÃO PRETO

Após registrar cerca de 200 assaltos e 27 explosões de cofres e caixas eletrônicos somente neste ano, empresários donos de postos de combustíveis de Ribeirão Preto apelaram à polícia para pedir reforço no patrulhamento e mais segurança.

Empresários e funcionários de postos se reuniram ontem no palácio Rio Branco, sede da prefeitura, para cobrar medidas de segurança das polícias Civil e Militar.

Após ouvir as reclamações, a polícia informou que nunca fez um esforço tão grande como agora para combater a criminalidade e que não irá priorizar nenhum setor (leia texto nesta página).

Segundo o Sincopetro (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo), desde o início do ano foram registrados ao menos quatro assaltos por dia, a maioria deles sem registro na polícia.

"Nós sofremos todo tipo de assalto. Desde o bandido que leva o dinheiro do frentista até a quadrilha com arma de guerra e explosivos", afirmou Oswaldo Manaia, presidente regional do Sincopetro.

Na manhã de anteontem, uma quadrilha rendeu o frentista de um posto na avenida Patriarca, zona oeste da cidade. Os assaltantes usaram três dinamites para explodir o cofre, em ação flagrada por câmeras de segurança.

Os dados referentes a roubos informados pelo Sindicato dos Frentistas são menores, porém não menos preocupantes.

A entidade contabilizou 76 roubos e furtos de 1º de janeiro até ontem, o equivalente a 44% de todos os registros do ano passado, que teve 170 assaltos. Os números do sindicato são menores porque são só casos em que foram registrados boletins de ocorrência.

"Colocamos câmeras, segurança, recolho o dinheiro quatro vezes ao dia para não deixar muito valor no posto. Nada adianta", disse Adolfo Oliveira Neto, sócio da rede Sewal, que teve oito postos assaltados neste ano na cidade, o último deles anteontem.

Ele disse que irá sugerir a integração do sistema de monitoramento interno dos postos com o da Polícia Militar para maior agilidade.

O coronel José Roberto Malaspina, comandante da Polícia Militar na região de Ribeirão Preto, disse que a intensificação do patrulhamento, com maior efetivo de policiais, não irá reduzir os assaltos e ataques e disse que a medida é "simplista".

Para o coronel, a escalada de violência é "fruto do que a sociedade plantou", em referência à impunidade.

"Nunca a polícia prendeu tanto como hoje. Mas você prende o bandido agora e amanhã ele já está solto. A sensação de impunidade é muito maior do que a de insegurança." Disse que as estratégias dos postos devem ser repensadas e pediu mais comunicação com a polícia.


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