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Grupo vai medir decibéis no Morro São Bento
Comissão criada em reunião realizada ontem quer medir o impacto ambiental de festa
Uma comissão de voluntários formada com protetores de animais e veterinários, vai acompanhar a realização do "Carna LGBTT" na próxima terça-feira no Morro do São Bento, em Ribeirão Preto.
Um dos objetivos do grupo, que conta com outras pessoas, é analisar os possíveis impactos ambientais que o trio elétrico poderá causar aos animais da área. O volume do som será medido.
O grupo foi criado depois que o evento carnavalesco virou alvo de uma polêmica entre a prefeitura e a comissão de direito dos animais da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) local.
Na semana passada, a comissão, sob a alegação de que a poluição sonora provocada pela festa colocaria em risco os animais do bosque Fábio Barreto, próximo ao local, e gatos comunitários que vivem na área, pediu a proibição de festas no morro.
O secretário da Cultura, Alessandro Maraca, disse que o espaço tem a finalidade de abrigar eventos culturais e que não iria acatar o pedido.
Uma reunião foi realizada ontem na Secretaria de Cultura entre as pessoas envolvidas. Participaram também organizadores de outros eventos que são realizados no Morro, como o Tanabata.
A criação do grupo de voluntários foi um consenso, segundo Maraca. "Com isso poderemos avaliar qual é o impacto real que as festas podem ter", disse.
"Agora, não temos muito tempo para mudar a festa, mas vamos medir os decibéis e poderemos avaliar melhor a situação", afirmou a advogada Sandra Maria da Silva, uma das coordenadoras da comissão da OAB.
Segundo Sandra, leis conflitantes regem sobre o espaço e precisam ser revistas pelo Legislativo do município. "Há uma lei estadual que cria a APA (Área de Proteção Ambiental) e a municipal sobre a criação do complexo cultural", afirmou a advogada.
O grupo deve analisar o comportamento dos animais e conscientizar foliões.