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Prefeitura propõe à Promotoria adiar obras do transporte
Consórcio Pró-Urbano alega prejuízo para atrasar investimentos exigidos em contrato
A Prefeitura de Ribeirão Preto entregou ontem à Promotoria uma proposta para a extensão dos prazos de obras e outras contrapartidas devidas pelo consórcio Pró-Urbano pela exploração do sistema de transporte da cidade.
Após vencer licitação em 2012 para o transporte coletivo em Ribeirão, o Pró-Urbano chegou a atrasar o cumprimento de 17 contrapartidas exigidas no contrato.
Investimentos importantes, como obras de terminais urbanos, deveriam ter começado desde dezembro.
A empresa alega que o número de passageiros está abaixo do previsto em edital, o que deixou o consórcio sem caixa para os investimentos.
O promotor Sebastião Sérgio da Silveira afirmou que a proposta da prefeitura será avaliada pela equipe e por pesquisadores da USP (Universidade de São Paulo) que já atuam na análise econômica da concessão.
Silveira se reuniu ontem com o superintendente da Transerp (Empresa de Trânsito e Transportes de Ribeirão Preto), William Latuf, de quem recebeu a proposta para a revisão dos prazos.
O promotor vai marcar uma reunião amanhã entre a equipe da USP, coordenada pelo professor da FEA-RP (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto) André Lucirton Costa, e os vereadores que participaram da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Transporte Público.
De acordo com o relator da CPI, vereador Marcos Papa (PV), o valor da multa a ser cobrado do consórcio pelos atrasos contratuais é de cerca de R$ 1,7 milhão.
O relatório de Papa foi rejeitado pela base governista na comissão da Câmara.