Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Ribeirão

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

'Rolezinho' espanta consumidor de shopping center, diz comércio

Comerciantes afirmam que, apesar de não haver tumulto, evento de jovens esvazia corredores

Centro de compras diz ver movimentação 'diferente' do habitual, mas sem queda no total de frequentadores

DE RIBEIRÃO PRETO

Pelo quarto final de semana seguido, jovens de Ribeirão Preto escolheram o shopping Santa Úrsula para realizar um "rolezinho". A sequência de eventos neste ano faz lojistas e funcionários afirmarem que os clientes estão sendo "espantados" enquanto o evento ocorre.

O shopping tem sido alvo de manifestações e ponto de realização de "rolezinhos" na cidade desde o início do ano. O parque Maurilio Biagi, ainda no centro, também já foi utilizado para a diversão.

Em fevereiro, cerca de cem pessoas fizeram um "beijaço" nas escadarias do shopping, após um homem acusar seguranças do local por agressão e homofobia.

O centro de compras afirma ter visto uma movimentação diferente da habitual, mas sem queda no movimento do shopping. Diz, ainda, respeitar as leis, especialmente a "liberdade de ir e vir".

Até o final da tarde de ontem, em uma rede social, 632 pessoas tinham confirmado presença no evento, marcado para hoje à tarde.

"Eles só ficam subindo e descendo as escadas, falam alto e tiram fotos. Os clientes ficam incomodados e vão embora. O shopping fica só para eles", disse a vendedora Margarete Carneiro, 30.

Gerente de uma loja de roupas esportivas, Patrícia Cristina Baglioni, 23, disse que não impede a entrada dos jovens, mas retira produtos que ficam expostos pela loja.

Uma loja de óculos e relógios informou fechar as portas quando os "rolezinhos" começam. Só são reabertas quando o evento acaba.

"Nossos produtos ficam disponíveis às mãos dos clientes e, por isso, fechamos as portas para evitar problemas", afirmou o vendedor Vinicius Miranda, 22.

Apesar do temor, comerciantes ouvidos pela Folha relataram que em nenhum dos três "rolezinhos" que ocorreram nas últimas semanas houve registro de furtos ou roubos. Em alguns casos, vendedores ficam nas portas, alertas à aglomeração.

DUAS HORAS

Os comerciantes disseram que os "rolezinhos" em Ribeirão duram de duas a três horas, normalmente nos finais das tardes de sábado ou nas noites de sexta, dias habituais de boa movimentação para as lojas.

Na página em que o evento foi organizado, os jovens falam que vão ao "rolezinho" para se distrair, fazer novas amizades, tirar fotos e beijar.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página