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Ribeirão

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Vigilante de bufê vai a júri popular hoje

Aurelito Borges Santiago é acusado de matar, em 2008, o estudante Rodrigo Bonilha, 18, com um tiro pelas costas

Vigia trabalhava no momento do crime, que ocorreu em área nobre de Ribeirão; defesa vai tentar reduzir pena

GABRIELA YAMADA DE RIBEIRÃO PRETO

O vigilante Aurelito Borges Santiago, que há seis anos atirou pelas costas e matou o estudante Rodrigo Bonilha, 18, será levado a júri popular hoje em Ribeirão Preto.

Santiago trabalhava no bufê Renato Aguiar, um dos mais conhecidos da cidade, e é acusado de cometer o crime no horário de serviço.

Bonilha voltava de uma festa com amigos e levou o tiro na rua João Godoy, a cerca de cem metros do estabelecimento comercial.

Santiago alega que atirou porque um grupo de rapazes tentou danificar um caminhão do bufê com uma placa de publicidade.

Ele é acusado de homicídio duplamente qualificado. A estratégia da defesa será a de qualificar o crime como homicídio simples.

"Ele [Santiago] assume a culpa. Mas é um pai de família, não tinha antecedentes, não queria matar. Estava com medo", disse o advogado dele, José Ricardo Guimarães Filho. "Ele achou que era o mesmo grupo em que estava o Rodrigo."

Segundo o advogado, a morte de Bonilha já é um castigo para Santiago.

O júri será presidido pela juíza Isabel Cristina Alonso dos Santos Bezerra, da 2ª Vara do Júri e das Execuções Criminais. A previsão para início do julgamento é às 10h.

De acordo com a assessoria de imprensa do TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo), a intenção é que a decisão seja anunciada hoje.

Nove testemunhas foram intimadas, das quais cinco a pedido do Ministério Público --todos amigos do estudante, que estavam com ele no momento em que foi morto.

O advogado Ronaldo Marzagão, ex-secretário de segurança pública e assistente da Promotoria, afirmou que fará o possível para, além de obter a condenação, conseguir com que Santiago já saia do julgamento preso.

"Fico estupefato diante de tanta violência. Ele destruiu uma família e nunca foi preso", afirmou.

O fato de Santiago permanecer em liberdade durante estes seis anos é uma das maiores causas de indignação do pai do estudante, o empresário Fernando Ferreira Bonilha.

"Foi um crime covarde. É uma pessoa perigosa que está na rua há anos e até hoje, não aconteceu nada", disse o pai da vítima.


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