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Ribeirão

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Greve superlota quatro prisões na região

Cadeias de São Carlos, Batatais, Severínia e Santa Rosa registram o problema, causado pela paralisação de agentes

Seccional diz que, para evitar a superlotação, fará o remanejamento de detentos em uma área de 93 cidades

GABRIELA YAMADA DE RIBEIRÃO PRETO

A greve dos agentes penitenciários, iniciada na última segunda-feira, provocou a superlotação de quatro cadeias na região de Ribeirão Preto.

Até ontem à tarde, as unidades prisionais de São Carlos, Batatais, Severínia e Santa Rosa de Viterbo registravam o problema, abrigando detentos em número superior à sua capacidade.

Isso passou a ocorrer porque as penitenciárias e os CDPs (Centros de Detenção Provisórias) não estão recebendo os presos. A situação se agravou ontem, com a adesão de todos os agentes da região à greve estadual.

A Folha obteve ontem os dados das quatro prisões. Por serem consideradas transitórias, elas não abrigavam mais que o limite de detentos permitido até o início da greve, segundo funcionários.

Em São Carlos, que tem capacidade para receber 30 presos, a cadeia abrigava 40 homens até o final da tarde. Dezoito deles aguardavam transferência para o CDP de Araraquara.

Já a cadeia de Santa Rosa de Viterbo, que recebe presos de Ribeirão Preto e cidades vizinhas, estava com 45 presos. A capacidade é para 36. De quinta-feira para ontem, a cadeia ultrapassou o limite permitido.

O problema, no entanto, é que a Justiça a interditou parcialmente por problemas hidráulicos em uma das celas e proibiu a superlotação.

A situação é crítica também em Batatais, que até ontem abrigava quase o dobro do número de presos: 40, para 21 vagas.

De acordo com o delegado seccional de Ribeirão, Adolfo Domingos da Silva Júnior, para evitar a superlotação e a permanência de presos em delegacias, a polícia adotará o remanejamento de detentos entre as cadeias de todo o Deinter-3 (Delegacia de Polícia Judiciária do Interior), da qual fazem parte 93 cidades.

Ontem, por exemplo, seis presos que estavam em Santa Rosa de Viterbo foram transferidos para outras unidades, cujas cidades não foram divulgadas.

O governo do Estado obteve anteontem uma liminar que proíbe os agentes penitenciários de impedir a transferência de presos.

Ontem, o Sifuspesp (Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo) informou não ter sido notificado da decisão.

"Mas não iremos acatar nenhuma decisão judicial, e sim o que decidirmos em assembleia", disse João Alfredo de Oliveira, secretário-geral.

A superlotação dos presídios e CDPs é o maior problema enfrentado pelos agentes na região de Ribeirão, segundo José Carlos dos Santos Ernesto, diretor administrativo da sede regional do Sindasp (Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária do Estado de São Paulo).

A Penitenciária 2 de Serra Azul é a mais problemática, com 1.686 presos. A capacidade é para 856, segundo o governo do Estado.


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