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Instituto da USP São Carlos tem 'apagão' de funcionários

Diretor diz que aumento de área e alunos 'apertou' as condições de trabalho

Unidade oferece cursos como ciências de computação e matemática aplicada; reitoria não comenta

REINALDO JOSÉ LOPES COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O ICMC (Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação) da USP São Carlos divulgou dados que, segundo a direção do órgão, mostram a situação "crítica" de seu quadro de funcionários, bem abaixo da média das demais unidades da USP.

A relação entre servidores e professores (0,78 por docente) e entre servidores e alunos (45,17 por funcionário, se contados alunos de outras unidades da USP que frequentam aulas no ICMC) é uma das mais baixas da universidade, de acordo com o instituto.

O levantamento foi feito com base em dados disponíveis na página da USP na internet, segundo o engenheiro eletricista José Carlos Maldonado, diretor do instituto.

"É importante que as discussões sejam públicas, tanto para a universidade quanto para a sociedade que financia a universidade. Ajuda a administração da USP a ter um olhar global que, de longe, nem sempre é possível."

O ICMC oferece cursos como ciências de computação, matemática e engenharia de computação, além de mestrados e doutorados.

Maldonado diz que a relação entre servidores, de um lado, e alunos e professores, do outro, sempre foi enxuta, mas que a expansão do instituto desde o ano 2000 contribuiu para "apertar" as condições de trabalho.

No período, o ICMC cresceu tanto em área construída (de 6.000 m2 para 18 mil m2) quanto em número de alunos de graduação (de 400 para 1.400) e pós (de 300 para 700).

No intervalo, a USP como um todo cresceu em número de alunos, mas em ritmo mais suave, de 40 mil na graduação, em 2000, para 60 mil.

"Temos dificuldades porque você acaba obrigado a se concentrar no operacional e deixar o planejamento e a inovação de lado", argumenta Maldonado.

Por isso, diz ele, fica prejudicada, por exemplo, a manutenção de edifícios e dos equipamentos de computação de ponta necessários ao funcionamento do instituto.

Também não estaria avançando como desejável nos objetivos de captar mais recursos nacionais e internacionais para pesquisa e na busca da internacionalização (com a vinda de pesquisadores e alunos de outros países) e da interação com empresas.

Outro ponto importante, de acordo com o diretor, é a necessidade de oferecer formação básica em matemática e computação a alunos de outras unidades do campus são-carlense, como os estudantes de engenharia.

Procurada pela Folha, a reitoria da universidade declarou, por meio de sua assessoria de imprensa, que não iria comentar os dados divulgados pelo ICMC.


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