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Greve na UFSCar para restaurante e bibliotecas
DE RIBEIRÃO PRETOO restaurante universitário da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) em São Carlos e as bibliotecas dos três campi (São Carlos, Araras e Sorocaba) não estão funcionando por causa da greve dos funcionários, decidida anteontem.
Somente no campus de São Carlos são 8.500 estudantes de graduação e outros 2.700 de pós.
O restaurante serve diariamente 4.500 refeições, segundo o coordenador do Sintufscar (Sindicato dos Servidores Técnico-administrativos da UFSCar) Sérgio Ricardo Pinheiro Nunes.
Com o restaurante fechado, de acordo com Nunes, os alunos que têm direito à alimentação subsidiada estão recebendo os alimentos crus (como carnes e pacotes de arroz e feijão), para preparo nas próprias residências universitárias.
O atendimento nos setores administrativo e acadêmico da universidade também está paralisado.
A greve não tem adesão dos professores, e as aulas estão mantidas.
Segundo o coordenador-geral interino da Fasubra (federação dos sindicatos da categoria), Luiz Antônio de Araújo Silva, aderiram à paralisação 26 sindicatos que representam os servidores de 30 universidades federais em todo o país.
Entre as reivindicações estão a redução da jornada de trabalho de 40 para 30 horas semanais e o aumento do piso, de cerca de um salário mínimo e meio para três salários.
A pauta da greve está sendo negociada com os ministérios da Educação e do Planejamento.
Por meio de nota enviada por sua assessoria de imprensa, o Ministério da Educação afirmou que a greve desrespeita o acordo firmado com a Fasubra em 2012, que previa reajustes salariais até 2015.
O MEC também informou que os reitores estão tomando providências para normalizar os serviços.
Também por nota, a UFSCar afirmou que defende os direitos dos trabalhadores, mas que a greve gera preocupação por afetar o funcionamento da instituição.
