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Ribeirão

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Protesto quer parar 45 escolas municipais

Professores farão ato por discordarem do fechamento de salas de aulas e da alegada superlotação de estudantes

Prefeitura de Ribeirão afirma que as escolas abrirão normalmente e que os pais devem enviar seus filhos

GABRIELA YAMADA DE RIBEIRÃO PRETO

Alunos de pelo menos 45 escolas municipais de Ribeirão Preto não deverão ter aulas hoje por causa de um protesto de professores, marcado para esta manhã.

O protesto está previsto para ser realizado em frente à Secretaria da Educação, na praça Alto do São Bento.

Os docentes são contra o fechamento e a superlotação de salas de aula, com o inchaço das turmas em mais de 15%, teto previsto pelo Conselho da Educação local.

Desde a segunda-feira, pais de alunos estão sendo avisados da paralisação.

As crianças também receberam comunicados, enviados pela Aproferp (Associação dos Profissionais da Educação de Ribeirão Preto).

A paralisação ganhou o apoio de pais de alunos e um grupo deverá comparecer no protesto hoje.

"Uma só professora para cuidar de mais de 30 crianças de dois anos não dá", afirmou o analista químico Carlos Enrique Marques Bohm, 35.

Ele e outros pais recolheram assinaturas que deverão ser entregues ao Ministério Público Estadual.

A manicure Aline Gusmão Rocha, 32, disse que se sentiu revoltada quando soube do fechamento de salas e afirmou concordar com a paralisação dos docentes.

A paralisação foi definida em assembleia na noite de segunda-feira, pela Aproferp, e contou com a presença de 300 docentes.

Professores que irão participar do movimento deverão ter descontado o dia de trabalho, segundo o governo.

"É dia letivo normal e as escolas devem estar abertas", disse a secretária da Educação, Debora Vendramini, em ato no palácio Rio Branco, do qual participou também a prefeita Dárcy Vera (PSD).

A prefeitura se nega a reconhecer a Aproferp como representante dos professores e diz que mantém diálogo com o Sindicato dos Servidores Municipais.

"A Aproferp é um grupo de professores que tomou para si algo que não é reconhecido judicialmente", afirmou Layr Luchesi Júnior, secretário da Casa Civil.

Ainda segundo ele, existe uma motivação política por trás da paralisação dos professores e da associação.

Em nota, o governo afirmou que integrantes do grupo estão espalhando mentiras aos pais para convencê-los a não encaminhar seus filhos às aulas hoje.

"A secretaria já está apurando a responsabilidade dos atos praticados por este grupo de professores", diz trecho da nota da administração.

O professor Danilo Marcelino Valentim, um dos diretores da Aproferp, disse que a associação foi criada em setembro de 2013 por não haver diálogo entre os docentes e a secretaria. Além disso, segundo ele, o sindicato não atende as reivindicações da categoria. "Não existe motivação partidária", afirmou.


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