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Franca tem 1ª greve de servidor em 11 anos

Funcionários da prefeitura paralisaram as atividades em setores como da educação e saúde por reajuste salarial

Administração ofereceu reajuste de 5,39%, mas servidores rejeitaram proposta e pediram aumento de 15%

GABRIELA YAMADA DE RIBEIRÃO PRETO

Depois de onze anos, a Prefeitura de Franca enfrentou ontem uma greve de 1.200 servidores municipais --a primeira na gestão do prefeito Alexandre Ferreira (PSDB).

A paralisação atingiu todas as secretarias, suspendeu aulas e afetou quem procurou por atendimento médico --a saúde é um dos principais problemas do governo atual.

De acordo com Luiz Fernando Nascimento, presidente do Sindicato dos Servidores e Funcionários Públicos, das 14 unidades de saúde da cidade, dez fecharam.

Apenas os atendimentos de urgência e emergência foram mantidos, segundo ele.

O Pronto-Socorro Municipal "Dr. Álvaro Jorge Azzuz" estava praticamente vazio na manhã de ontem, segundo constatado pela reportagem.

Pela manhã, um grupo de manifestantes esteve em frente ao local, onde houve protestos e o bloqueio da entrada da população.

"Eu acho que todo mundo tem direito de fazer greve, mas prejudica quem não tem nada a ver com isso", afirmou o entregador Lucas Salomão, 35, que não conseguiu ser atendido no pronto-socorro.

Ele afirmou que estava sentindo dores pelo corpo, na cabeça e também febre.

Por causa da suspensão de aulas em 15 escolas municipais --de acordo com o sindicato--, mães procuraram o Pronto-Socorro Infantil em busca de atestado médico, segundo uma enfermeira que não quis ser identificada, para apresentar no trabalho.

No local, os médicos não aderiram à greve. Entretanto, o atendimento era lento.

"Meu filho está com febre. Estamos aguardando há 40 minutos por atendimento. Se acontecer algo pior com ele, quem será responsabilizado?", disse a dona de casa Maria Helena Ferreira, 27.

Questionada, a prefeitura não forneceu nenhum balanço sobre os serviços parados.

Pela manhã, cerca de 800 servidores se concentraram em frente à Prefeitura, na avenida Presidente Vargas, com cartazes, apitos e bateria. O trânsito foi bloqueado pela Polícia Militar no quarteirão entre as ruas Frederico Moura e Capitão Anselmo.

Durante a tarde, os servidores fizeram uma passeata pelas ruas do centro, até a avenida Champagnat.

A categoria reivindica reajuste salarial de 15% e estava em estado de greve desde o último dia 15.

Além disso, também pedem a implantação de plano de carreira, cartão-alimentação de R$ 450, implantação da jornada de 30 horas aos profissionais da saúde, entre outros benefícios.

O prefeito ofereceu aumento de 5,39%, que foi rejeitado pelos servidores.

Esta foi a segunda proposta do Executivo ""antes, o reajuste oferecido foi de 4,97%.

Ferreira esteve reunido com secretários durante a manhã e a tarde de ontem, de acordo com a prefeitura. Eles discutiram sobre a greve, mas não houve proposta para atender o reajuste pedido.

O governo alega que está impedido de conceder aumento maior pela LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal).


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