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Ribeirão

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Gestão ambiental é alvo de polêmica na USP Ribeirão

Professores alegam prejuízo em áreas verdes após mudança em comissão

Prefeitura do campus nega prejuízos para o meio ambiente e diz que comissão não tem força para decisões no tema

CAMILA TURTELLI DE RIBEIRÃO PRETO

A CMA (Comissão do Meio Ambiente) da USP Ribeirão é alvo de polêmica entre a prefeitura do campus, professores e Ministério Público.

No final do ano, a CMA foi alterada pela diretoria da USP, que retirou de sua composição professores e alunos que participavam das discussões da gestão ambiental.

Para o Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da USP) e professores, a falta de especialistas na gerência causa danos às políticas ambientais do campus de Ribeirão Preto.

A prefeitura da USP, no entanto, afirmou que não há irregularidades ou prejuízos. Em nota, disse que a comissão foi alterada com base em regras definidas pelos colegiados da universidade.

Ex-presidente da comissão, o professor de política e gestão ambiental da USP Marcelo Pereira de Souza afirmou que o projeto ambiental conhecido como banco genético já está sendo extremamente prejudicado pela mudança da comissão.

O banco genético é uma área de reflorestamento que reúne diversidade genética e de espécies de plantas.

De acordo com o professor, a área era até então trabalhada com um planejamento técnico bastante rigoroso.

"Deveríamos ter plantado novas mudas no início do ano, mas só conseguimos permissão da nova comissão no final de março", disse.

Segundo Souza, o banco é ferramenta usada no ensino, pesquisa e extensão da universidade, e recebe visita de alunos de outros campus.

O grupo assessora sobre questões ambientas no campus da USP, como a gerência da floresta que existe no local. O promotor Ramon Lopes Neto enviou um ofício à prefeitura questionando a falta dos docentes na comissão.

"A nova composição tem evidente diminuição de sua autonomia e independência", afirmou o promotor.

Lopes questiona também uma suposta falta de transparência. Os antigos membros da comissão não teriam sido informados sobre a mudança com antecedência.

"Houve um dano à democracia do campus", disse Luis Ribeiro Souza, presidente do Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da USP).

A USP afirmou que o questionamento do Ministério Público está em análise pela Procuradoria Jurídica.

Em nota, disse que a CMA é uma comissão de assessoramento e que não tem caráter deliberativo.


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