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Ribeirão

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Estagnado, transporte público 'ignora' exemplos

Investimentos anunciados para o serviço em Ribeirão não saem do papel

Especialistas reagem à situação ruim do transporte coletivo e apontam exemplos de municípios brasileiros

JOÃO ALBERTO PEDRINI DE RIBEIRÃO PRETO

Pontos de ônibus com bancos e cobertura para proteger usuários do sol e da chuva. Terminais no centro e nas regiões mais populosas da cidade para abrigar, com conforto, passageiros que esperam ônibus. Aplicativo de celular que informa itinerários e mostra o ponto exato onde o veículo está circulando.

Veículos com ar-condicionado e suportes para carregar bicicletas. Painéis com informações sobre horários e itinerários em todos os pontos. Sistema de cobrança que tira do motorista o ônus de cobrar passagens. Corredores exclusivos para ônibus andarem mais rapidamente.

Segundo especialistas, este seria o "mundo ideal" para o transporte público, uma realidade que está muito longe de ser vista e vivida pela população de Ribeirão Preto.

"É um descaso com o cidadão. Nós podemos atingir um nível de excelência no transporte público. Melhor, inclusive, que muitas capitais", disse Rodrigo Paschoalotto, coordenador de Trânsito da OAB de Ribeirão.

Ele afirmou ainda que muitas melhorias --já implementadas em outras cidades-- poderiam ser "copiadas" pelo governo ribeirão-pretano.

Em São Bernardo do Campo, por exemplo, 75 ônibus novos começaram a circular. Em 25 deles --articulados--há internet gratuita.

Em São Paulo, o prefeito Fernando Haddad (PT) implantou 300 km de faixas exclusivas com o objetivo de aumentar a velocidade do transporte público. Conseguiu.

Na cidade de Curitiba (PR), em que o transporte público é referência nacional, o usuário consegue visualizar onde o veículo está transitando.

Um sistema de GPS informa ao usuário que está à espera, em tempo real, qual a posição exata do ônibus, permitindo que ele se programe para chegar no ponto poucos minutos antes de embarcar.

Em Florianópolis (SC), a empresa concessionária do serviço iniciou testes para passageiros levarem bicicletas nos ônibus. Há casos também em veículos de Vitória (ES) e Bagé (RS).

Desde que a Prefeitura de Ribeirão assinou o contrato com o consórcio Pró-Urbano, composto por quatro empresas, em maio de 2012, muitas melhorias previstas não saíram do papel.

A falta de cumprimento do contrato virou alvo de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) na Câmara e de um inquérito na Promotoria.

Na última semana, o Ministério Público de Contas, órgão do Tribunal de Contas do Estado, anunciou uma auditoria no contrato para verificar valores diante da falta de investimentos em transporte.


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