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Ribeirão

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Com problemas na saúde, S. Carlos troca de secretário pela quarta vez

Prefeito Paulo Altomani (PSDB) busca quinto nome após Ricardo de Castro pedir demissão

As quatro demissões ocorreram em menos de um ano no município; representantes do setor denunciam problemas

JOÃO ALBERTO PEDRINI DE RIBEIRÃO PRETO

A Secretaria da Saúde de São Carlos sofrerá nova mudança de comando --a 4ª em menos de um ano. Em meio a problemas que atingem o setor, Ricardo Innecco de Castro entregou na última quinta (3) sua carta de demissão.

A saída dele foi confirmada pelo secretário de Governo, Júlio César Soldado, "por motivos particulares". A Folha não conseguiu falar com Castro por meio do celular.

Antes, chefiaram a pasta Edilson Abrantes, Denise Cury e o próprio Soldado (interinamente). O próximo nome será o 5º a assumir a chefia.

Segundo pessoas entrevistadas pela Folha e que lidam com a saúde, há problemas.

O médico Francisco Márcio de Carvalho, presidente da Sociedade Médica de São Carlos por dois anos --ele se licenciou do cargo na última sexta--, disse que o problema da saúde no município é crônico e de muito tempo.

"Estou há 20 anos em São Carlos e nos últimos 15 foram terríveis para a saúde. O principal problema é a atenção básica. Nas UBSs há muita fila, muita gente. O PSF não funciona como deveria."

O presidente do sindicato dos servidores, Adail Alves de Toledo, disse que essa alternância de secretários é prejudicial, porque não há continuidade no trabalho.

O presidente do Conselho de Saúde, Natanael da Silva, disse que os principais problemas são o fornecimento regular de medicamentos.

Outra dificuldade no setor, mencionada por ele, é a demora na marcação de consultas em algumas especialidades, principalmente oftalmologia. "A saúde precisa melhorar, como na maioria dos municípios", afirmou.

No mês passado, uma confusão entre o secretário de Governo e uma médica --Andrea Cogo, que trabalhava na UPA-- culminou no afastamento da profissional. Ela denunciou falta de medicamentos por uma rede social.

O advogado dela, Luís Luppi, vai protocolar uma representação no Ministério Público para que o prefeito seja enquadrado no crime de improbidade administrativa, já que teria cometido assédio moral. Ela foi afastada.

Quem também pode deixar o primeiro escalão é o secretário de Transporte, Celso Higashi. Ele confirmou que deve sair para abrir uma empresa. Negou, porém, que haja problema com o prefeito. Até agora, dez mudanças ocorreram nos cargos de primeiro escalão da prefeitura.


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