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Polícia apura suposto crime de racismo contra aluno da USP

Estudante afirma que foi perseguido por homem armado, que o chamou de 'macaco'

GABRIELA YAMADA DE RIBEIRÃO PRETO

A Polícia Civil investiga supostos crimes de racismo e ameaça praticados contra um aluno negro, de 21 anos, do curso de Direito da USP, que aconteceram no campus de Ribeirão Preto no sábado.

O estudante diz que foi xingado de "preto", "macaco" e "vagabundo" por um motorista de um carro após esbarrar no retrovisor do veículo, que teria passado em alta velocidade dentro do campus.

A identidade do motorista ainda não foi confirmada pela polícia. Aos guardas do campus, que presenciaram o final da confusão, o motorista se identificou como um policial civil aposentado.

Segundo o aluno, que pediu para não ser identificado, ele caminhava em direção à biblioteca do campus com outras duas alunas quando aconteceu o incidente.

"Eu tentei desviar, mas acabei esbarrando no retrovisor do veículo. Então, ele [homem] ficou nervoso, voltou com o carro na contramão e freou, parando na nossa frente. Ele desceu do carro e sacou uma arma", disse.

Em seguida, o estudante começou a correr entre carros que estavam estacionados e entrou num matagal, sendo perseguido pelo motorista. "Comecei a correr e ele veio atrás de mim", afirmou o aluno à Folha.

Segundo ele, o homem corria atrás, apontando a arma em sua direção. "Ele dizia coisas como: agora você corre, seu preto'. Me xingou de sujo, macaco que corre para o mato, vagabundo que anda no meio da rua", afirmou.

O rapaz conseguiu escapar e se esconder na moradia universitária, onde vive. O homem voltou para o carro e começou a discutir com as alunas calouras, que acompanhavam o rapaz, segundo relato da vítima.

De acordo com o depoimento de uma das testemunhas à polícia, o autor passou por ela e fez ameaças, dizendo "ele não sabe com quem mexeu".

A assessoria da USP afirmou que o homem se identificou à guarda como policial aposentado. As investigações estão sendo feitas por policiais do 3º Distrito Policial. A Polícia Militar também esteve no local e orientou os alunos a registrarem boletim de ocorrência na delegacia.


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