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Sabesp busca água para abastecer Franca

Companhia estadual vai iniciar a operação de dois poços em Restinga para mandar água em casos emergenciais

'Momento crítico' do rio que é responsável por 80% do abastecimento da cidade motivou ação; população faz economia

CAMILA TURTELLI DE RIBEIRÃO PRETO

A partir da semana que vem, Restinga vai contar com um sistema emergencial de abastecimento formado por dois poços profundos de captação de água, que poderão levar o recurso para Franca.

A Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), responsável pelo abastecimento de Franca, vai colocar o sistema em funcionamento em um momento considerado crítico para o município.

O rio Canoas, responsável por 80% do abastecimento de Franca, está com nível abaixo da média para o período por causa da estiagem.

Este novo sistema, considerado uma 'carta na manga' pela direção local da companhia, poderá bombear água retirada do subsolo do município de Restinga.

Ainda não há desabastecimento em Franca, mas a preocupação da Sabesp é que as consequências da estiagem do começo do ano possam refletir negativamente em julho e agosto.

De acordo com meteorologistas, não há previsões de chuvas que possam aumentar o nível do rio até este período, que é historicamente o mais seco do ano.

A companhia está monitorando a situação do Canoas com preocupação. "Está baixo, mas a situação ainda é melhor do que no período tradicionalmente mais seco do ano entre agosto e setembro", disse o gerente distrital da Sabesp em Franca, Rui Engracia Garcia Caluz.

Hoje em dia, o Canoas fornece 750 litros de água por segundo para o município, de acordo com a Sabesp.

"Quando a vazão do rio for menor do que a quantidade de água que puxamos, poderemos bombear água de Restinga", afirmou o gerente.

O sistema que irá bombear água de Restinga está em fase de testes e conta com poços profundos interligados.

O consumo médio de água em Franca é de 170 litros por habitante por dia. A Sabesp considera desperdício um consumo maior do que 120 litros per capita por dia. A Sabesp pediu para que a população economize água.

ESTIAGEM

No acumulado dos três primeiros meses do ano, choveu 55% a menos do que a média histórica do município, segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia).

Em abril, até ontem, ainda não havia chovido na cidade.

A soma da média histórica dos próximos meses, até agosto, é de 135 milímetros -56% menor do que o total de chuvas que a cidade recebeu no primeiro trimestre do ano, com 321 milímetros.

Além da captação por meio de poços em Restinga, a Sabesp, segundo Caluz, implanta o Sistema Sapucaí, que poderá solucionar o abastecimento nos próximos 30 anos.

O sistema consiste na retirada de água do rio Sapucaí para abastecimento direto. A obra foi iniciada em 2012 e promete garantir o abastecimento até o ano de 2037. A previsão de conclusão é até o final de 2015.

O investimento, com capacidade para 2,8 milhões de litros por hora para 300 mil pessoas, é de R$ 160 milhões, segundo a Sabesp.


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