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Suspeito de racismo é ouvido pela Polícia Civil
Ele nega crime e diz que houve briga de trânsito
O policial civil aposentado suspeito de racismo e ameaça contra um estudante de direito da USP de Ribeirão Preto prestou depoimento ontem e negou as acusações.
Ele afirmou que houve uma discussão de trânsito depois de o aluno esbarrar no retrovisor de seu carro.
A investigação foi direcionada para a Delegacia Seccional de Ribeirão. A assessoria de imprensa do órgão informou que "a Polícia Civil não está convicta de toda a narrativa e dos fatos ocorridos".
Ontem de manhã, o estudante prestou depoimento e sustentou a versão apresentada no final de semana, quando foi registrado boletim de ocorrência.
Ele afirmou ter sido xingado de "preto", "macaco" e "vagabundo" depois de ter esbarrado no retrovisor do carro, que estaria em alta velocidade dentro do campus.
O universitário caminhava rumo à biblioteca do campus da USP (Universidade de São Paulo) com duas calouras no momento do incidente.
"Ele [o policial] ficou nervoso, voltou com o carro na contramão e freou, parando na nossa frente. Desceu do carro e sacou uma arma", afirmou o estudante.
Ontem, a direção da faculdade de direito divulgou nota em que "repudia veementemente" o ato de racismo.
O diretor da faculdade, Umberto Celli Júnior, disse esperar que as "autoridades competentes tomem todas as medidas legais cabíveis para apurar a responsabilidade de quem praticou esse ato inaceitável e abominável".