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Alckmin diz que 4 agentes trabalhavam na hora de fuga

Governador afirmou que funcionários da Fundação Casa descumprem determinação judicial sobre greve; 43 menores já fugiram

DE RIBEIRÃO PRETO

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou ontem em Franca que os agentes em greve da Fundação Casa estão descumprindo a determinação da Justiça do Trabalho de manter 70% dos funcionários trabalhando.

Segundo ele, durante a fuga de 32 adolescentes da unidade Rio Pardo, em Ribeirão Preto, na madrugada de anteontem, apenas quatro funcionários trabalhavam, quando deveriam ter 12.

Desde o início da greve dos funcionários da fundação, no último dia 10, 43 menores já fugiram. As oito primeiras fugas foram registradas no domingo (13). No sábado (19) à noite, três menores fugiram do NAI (Núcleo de Atendimento Integrado).

O Sitraemfa (sindicato dos funcionários da instituição) negou que esteja descumprindo a decisão judicial.

Ontem, a Folha esteve na fundação e entrevistou agentes em greve. Nenhum deles quis ter o nome divulgado.

Os funcionários relataram insegurança por causa da superpopulação. Segundo eles, as celas da Rio Pardo têm capacidade para seis adolescentes, mas atualmente há até 12 em cada uma delas.

Ainda de acordo com os funcionários, não houve rebelião ou fuga com maior número de adolescentes porque os jovens não quiseram. "Eles estão no controle. Nós estamos em número menor e eles sabem dos nossos pontos fracos", disse um dos funcionários em greve da unidade.

A fuga na madrugada de domingo ocorreu após dois funcionários e dois vigilantes serem rendidos depois de um dos adolescentes pedir para ir ao banheiro. "Os banheiros da unidade não ficam dentro das celas. É um absurdo, mas precisa manter alguém 24 horas para levá-los ao banheiro", disse um funcionário.

Os funcionários foram amarrados em lençóis e os jovens fugiram por um dos portões. Um deles foi levado de volta à unidade na tarde de domingo, pela própria mãe.

Sobre a fuga no NAI, que é uma unidade de transição para a Fundação Casa, dois dos menores já foram recapturados pela Polícia Militar, segundo a assessoria da fundação. Foram abertas sindicâncias para apurar como as fugas aconteceram.

A fuga do último dia 13 foi registrada quando os jovens praticavam esportes.

Segundo funcionários, entre os jovens que fugiram está o suspeito de matar o ex-jogador do Botafogo de Ribeirão, José Pedro Rotiroti, 56, em agosto de 2013. Ele foi assassinado depois de dar carona para dois adolescentes, que anunciaram um assalto. A fundação não confirmou.


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